Usina hidrelétrica do Sertão do Maruim será revitalizada e voltará a gerar energia

Celesc anunciou investimento de R$ 9 milhões para reativar a produção restaurar o patrimônio histórico de São José

canos da usina na direção da casa de força, vegetação em volta
Foto: Silvania Diniz/Divulgação/CSC

Um patrimônio histórico do Município de São José, a usina hidrelétrica do Rio Maruí, será revitalizado e reativado. Isto se dará graças a contrato assinado pela Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) com quatro empresas parceiras na tarde desta quinta-feira (17/11). A obra tem prazo estimado de 12 meses e investimento aproximado de R$ 9 milhões

“Diversas obras em Santa Catarina devem ser resgatadas, e está é uma delas. É uma forma de manter a cultura e a história da região, sendo possível futuramente que as famílias, crianças e escolas possam fazer visitação e ter conhecimento histórico, não apenas teórico”, afirmou o presidente da Celesc, Clécio Poleto Martins.

Com a obra, a usina terá capacidade instalada de 1.000 KW (quilowatts), equivalente a atender em média duas mil unidades consumidoras. Além do impacto na geração de energia, o patrimônio histórico-cultural do município será revitalizado e disponibilizado para visitação pública.

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Estela Christina Muller, engenheira elétrica, gerente do departamento de engenharias e projetos da Celesc e responsável técnica pela obra, destacou que será reaproveitada a estrutura de barragem, casa de força e canal de adução.

Representando a Prefeitura de São José, a superintendente de Cultura e Turismo do município, Gilmara Vieira Bastos, comemorou a iniciativa. “É um presente para nossa cidade: a revitalização é necessária para poder abrir o local para visitação com segurança”, concluiu.

Inaugurada há 112 anos

A usina hidrelétrica do Rio Maruí está localizada na rua Zita Althoff Koerich, no bairro Sertão do Maruim. Foi a segunda usina implantada em Santa Catarina, e após sua inauguração, se tornou a terceira mais importante do país. Inaugurada em 1910, foi inicialmente projetada para atender a iluminação do Centro de Florianópolis e principais prédios públicos da capital.

Operou por 65 anos ininterruptos com seu maquinário original, através de três turbinas na casa de força alimentadas pela água represada a 500 metros e trazida pelas adutoras, abastecendo a região da Florianópolis, São José e Biguaçu. Foi desativada em 1972 após a entrada em operação de outras usinas mais modernas. O local foi tombado como patrimônio cultural do município em 2005, através do Decreto nº 18.707/2005.

Outros projetos de restauração para o local já entraram em pautas de diferentes órgãos ao longo dos anos, como o Iphan e a Alesc, para fazer do local um museu ou centro de visitação e ecoturismo, porém não vingaram. A própria Celesc já havia anunciado mais de uma vez a restauração do local.

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