O transtornos pelo fechamento do trânsito na BR-282 em Palhoça por parte de operários do contorno viário está ligado a problemas com a empreiteira Azevedo & Travassos, que teria demitido centenas de trabalhadores sem o devido pagamento das rescisões.
Centenas de operários que foram demitidos da obra do contorno viário da Grande Florianópolis, contratados pela empresa Azevedo & Travassos Infraestrutura, estão enfrentando dificuldades em receber seus direitos trabalhistas. Além disso, eles relatam uma série de problemas durante a execução dos trabalhos, incluindo a falta de pagamento regular, má qualidade da alimentação fornecida e falta de tempo para visitar suas famílias.
A situação já provocou o rompimento de contrato da Arteris com a Azevedo & Travassos. Segundo a Arteris Litoral Sul, concessionária responsável pela rodovia, é “inadmissível o não cumprimento das obrigações trabalhistas por parte da Azevedo & Travassos”.
Em comunicado na última terça-feira, 11 de julho, a Arteris reiterou sua posição e declarou que não compactua com a interrupção do trânsito da rodovia federal.
A Arteris destaca que tem realizado os repasses regulares à empreiteira e espera que a empresa cumpra com suas obrigações trabalhistas o mais rápido possível, assegurando assim os direitos dos trabalhadores afetados pelas demissões.
Os operários demitidos e prejudicados pela falta de pagamento e descumprimento das obrigações trabalhistas relatam uma série de problemas. Além das rescisões corretas que não foram pagas, eles mencionam a ausência de pagamento regular durante a execução dos trabalhos. Também destacam as condições precárias da alimentação servida, que foi de má qualidade por muito tempo e só alterada após as primeiras paralisações. Além disso, eles afirmam que não têm tido tempo suficiente para visitar suas famílias.
Em nota na segunda-feira, a A&T nega que seja causadora dos transtornos e afirma que a Arteris não faz os pagamentos devidos, o que “tem causado inúmeros problemas para a A&T Infra, seus colaboradores e fornecedores da obra em questão”. A empreiteira pretende ajuizar ação contra a concessionária, alegando também que faltam pagamentos por acréscimos de serviços prestados.
Com a quebra de contrato a Arteris busca substituir a empreiteira para tentar cumprir o prazo de entrega da rodovia, em dezembro de 23. Porém a empresa já admite que algumas obras complementares, fora das faixas de rolamento, podem ficar para depois, como drenagem e plantio de grama. “Absolutamente nada que prejudique a segurança”, afirma a empresa.