O secretário da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Nelson Mattos, e a presidente da Floram, Beatriz Kowalski, foram afastados do cargo pelo prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, nesta segunda-feira (2/10). O objetivo, segundo a prefeitura, é não haver interferências em uma auditoria que será iniciada na administração, após um esquema de cobrança de propinas nessas pastas vir à tona, com a prisão de um servidor.
A Controladoria-Geral do município pretende auditar os processos de licenciamento e fiscalização dos últimos dois anos que possuem algum envolvimento com os servidores investigados no esquema de corrupção. Dentro da prefeitura há um grupo apontado pela Polícia Civil por cobrar dinheiro não demolir obras irregulares.
Topázio também indicou que não há nenhuma suspeita sobre os secretários afastados, mas que eles devem buscar conversar com a polícia para colaborar na investigação. Dois servidores de carreira assumem interinamente as funções: a arquiteta Ivana Tomasi, na SMDU, e o engenheiro Bruno Vieira Luiz no órgão ambiental.
A comunicação da prefeitura reconheceu que novas operações policiais podem ocorrer envolvendo o poder municipal de Florianópolis. “Tanto do caso da Floram quanto de outras possíveis irregularidades, estamos apurando qualquer indício. Não descartamos novas ações para combater a corrupção em Florianópolis”, disse Topázio, textualmente.
A indicação de que a corrupção pode ser maior do que o revelado até agora (“sistêmica”) foi feita pelo Ministério Público de Santa Catarina.
