Senado analisa mudança no estatuto da microempresa para facilitar crédito

espiridiao amin e cid gomes
Senador Cid Gomes (à esq.) é o relator do projeto que o senador Esperidião Amin apresentou em 2011, quando deputado, para que pequenas empresas possam oferecer garantias quando forem solicitar créditos - Pedro França/Agência Senado

Em reunião na terça-feira (20/8) às 10h, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado deve analisar o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 113/2015, que altera o estatuto nacional da microempresa e da empresa de pequeno porte, com o objetivo de autorizar a constituição de sociedade de garantia solidária.

De acordo com o texto, a sociedade de garantia solidária poderá avalizar aos empréstimos tomados por microempresas que dela sejam sócias, no regime de sociedade por ações, em que os sócios participantes não poderão deter mais de 10%, cada um, das ações emitidas. Ou seja, a sociedade não poderá ser formada por menos de dez acionistas.

Pela proposta, haverá, além dos sócios participantes, os sócios investidores, que aportarão capital na sociedade sem, contudo, poder ultrapassar o limite de 49% do capital social total. O projeto autoriza ainda investimento público e incentivos estatais nesse tipo de sociedade, cujas ações serão de livre negociação.

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O projeto (PLP 106/2011, na Câmara, apresentado pelo então deputado Esperidião Amim, hoje senador pelo PP) tem o senador Cid Gomes (PDT-CE) como relator na comissão. Ele é favorável à proposta, que acrescenta os artigos 61-A e 61-E à Lei Complementar 123/2006, também conhecida como Estatuto da Microempresa.

Na avaliação do relator, as microempresas necessitam tomar empréstimos financeiros para o fomento de suas atividades. A obtenção de empréstimos, entretanto, é difícil, visto que a microempresa tomadora do crédito não possui garantias para ofertar aos credores.

“Mas agora esse empecilho deixará de existir. Isso porque o meritório projeto cria o instituto da sociedade de garantia solidária, com participação societária tanto das microempresas tomadoras do crédito quanto dos investidores admitidos em seu quadro social”, destaca Cid Gomes.

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