Secretaria de saúde orienta para tratamento precoce de casos leves de Covid-19

    Documento cita os "remédios experimentais" contra a doença e não faz menção à realização de exames

    A secretaria de estado de saúde de Santa Catarina emitiu uma nota técnica com orientações de tratamentos para os casos leves de Covid-19. O documento traz recomendações de atendimento na Atenção Primária à Saúde (APS) e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de informações sobre tratamento com medicamentos.

    A nota foi publicada em 2 de novembro, sobrepondo as recomendações anteriores, quando a governadora interina Daniela Reinehr (sem partido) assumiu o governo do estado e se posicionou publicamente pelo tratamento precoce de Covid. A mudança na nova nota facilita a prescrição dos medicamentos experimentais.

    Quanto ao uso de medicamentos, a nota técnica 016/2020 diz que a secretaria “não adota como política pública protocolos de medicamentos específicos de tratamento para uso precoce na Covid-19 que não estejam autorizados pelos órgãos reguladores”, mas ressalta que o tratamento para o vírus deve ser baseado da autonomia médica e na relação do profissional da saúde com o paciente.

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    O documento ainda traz o nome e breve explicação de alguns medicamentos recomendados de forma experimental, alguns disponibilizados no SUS, porém sem recomendá-los diretamente. São citados a cloroquina 150mg, cuja distribuição aos municípios iniciou em julho, a hidroxicloroquina 400mg (sem comprovação científica e de uso restrito para outras doenças), azitromicina 500mg, ivermectina 6mg e anticoagulantes.

    A nota não fala especificamente se é necessário fazer exame ou não para que o médico possa prescrever os medicamentos.

    Demais orientações

    A nota destaca que em um cenário de poucas certezas e recursos limitados deve-se investir no que têm demonstrado mais resultados na redução da transmissão da Covid-19. Como exemplo, a identificação e isolamento precoce de todos os casos suspeitos e confirmados, o distanciamento físico e redução de aglomerações.

    Na atenção primária, que atendem casos leves e moderados, a nota aponta que a única forma reconhecida de prevenção à infecção é evitando a exposição. Além das medidas de prevenção, a recomendação é procurar atendimento precocemente aos sinais de febre, tosse, congestão nasal ou conjuntival, dor de garganta, coriza ou dificuldade respiratória.

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