Secretaria de Saúde alerta para aumento de coqueluche em Santa Catarina

    Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil/Divulgação

    A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE) emitiu, nesta sexta-feira (25/10), um alerta sobre o aumento de casos de coqueluche no estado. Em 2024, já confirmaram 106 casos, o que representa uma elevação significativa em relação aos apenas dois registros do ano passado. Além disso, a faixa etária mais afetada é a de crianças com menos de um ano, somando 38 confirmações.

    Os casos se concentram nas regiões da Foz do Rio Itajaí (29), Médio Vale (20) e Grande Florianópolis (21). De acordo com João Augusto Brancher Fuck, diretor da Vigilância Epidemiológica Estadual, o aumento acompanha uma tendência mundial. Em julho, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) já emitiu um alerta sobre o tema.

    “A coqueluche é uma doença sazonal e apresenta um aumento cíclico de casos. Essa situação pode ser impulsionada pela baixa cobertura vacinal, melhorias no diagnóstico e fatores sazonais”, explica Fuck. Vale ressaltar que a cobertura vacinal da pentavalente, que protege contra a coqueluche, chegou a 88,87% até outubro de 2024. Comparativamente, no ano anterior, a taxa foi de 91,47%, enquanto a meta anual é de 95%.

    Sinais e sintomas
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    A coqueluche, como sabemos, resulta da infecção das vias respiratórias pela bactéria Bordetella pertussis. Essa doença se espalha facilmente, pois o contaminado pode infectar outras pessoas através de gotículas liberadas ao tossir, espirrar ou mesmo ao falar.

    No primeiro estágio, os sintomas se assemelham aos de um resfriado e incluem:

    • Mal-estar geral
    • Corrimento nasal
    • Tosse seca
    • Febre baixa

    Contudo, à medida que a doença avança, a tosse seca piora e novos sinais podem aparecer, como:

    • Tosse que passa de leve e seca para severa e descontrolada
    • Tosse que pode ser tão intensa que compromete a respiração
    • Crises de tosse que podem provocar vômito ou cansaço extremo

    Os sinais e sintomas da coqueluche podem durar entre seis a dez semanas, podendo se estender dependendo do quadro clínico. Portanto, na suspeita da doença, a recomendação é procurar um serviço de saúde mais próximo.

    Para proteger os bebês, a vacina dTpa oferece uma solução às gestantes desde 2014. Essa vacina visa passar anticorpos para proteger o bebê até que ele complete o esquema vacinal. “Precisamos avançar na vacinação de todos os grupos indicados, especialmente em um cenário global de aumento de casos. A vacinação continua sendo a melhor estratégia para combater a doença”, alerta Fuck.

    Veja o esquema vacinal:

    Vacina pentavalente: Imuniza contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenzae do tipo b e hepatite B

    Público alvo
    Crianças: 1ª dose (2 meses)  – 2ª dose (4 meses) – 3ª dose (6 meses)

    Vacina DTP: Previne a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis) – Reforço(15 meses) – Reforço (4 anos)

    Vacina dTpa: Previne a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis)

    Público alvo
    • Gestantes (Gestantes em cada nova gravidez)
    • Puérperas (até 45 dias)
    • Profissionais de saúde (A cada 10 anos)
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