Sem conseguir instituições de ensino superior para receber os graduandos de Pedagogia do USJ, a Prefeitura de São José decidiu abrir nova chamada.
São 239 alunos do curso noturno de licenciatura em Pedagogia que estão sem destino, por ora. O edital (9/2021), publicado pela prefeitura nesta segunda-feira (20/12), detalha como devem ser as propostas para transferência do corpo discente.
De acordo com a Fundesj (Fundação Educacional de São José), que faz a centro do Centro Universitário a ser extinto, instituições de ensino superior interessadas em receber os graduandos podem encaminhar propostas até 19 de janeiro por email ou presencialmente na fundação.
Foi assim com os outros três cursos do USJ que serão fechados junto com a universidade municipal – Administração, Ciências Contábeis e Análise e Desenvolvimento de Sistemas. A prefeitura avalia as propostas das instituições de ensino superior para a transferência de todos os matriculados no USJ. Em 5 de janeiro uma comissão realizará visitas nessas instituições que apresentaram propostas para verificar as condições da oferta para os três cursos. Após a transferência, o município vai bancar as mensalidades até que todos os graduandos que eram do USJ se formem.
A decisão de fechar a USJ foi tomada pela prefeitura de São José após um relatório da promotora Márcia Arend, do Ministério Público Estadual, apontar inconformidades da USJ como uma universidade propriamente com a recomendação de reconsideração de recredenciamento perante o órgão regulador, o conselho estadual de educação. O conselho até hoje não deu qualquer parecer sobre o caso. Para a prefeitura, o fechamento do USJ se justifica pelo fato de que 43% das 5,1 mil pessoas que foram matriculadas na instituição acabaram desistindo do curso.
Apesar do dinheiro para o USJ estar além dos 25% mínimos necessários para a educação municipal, a prefeitura afirma que usará o dinheiro para garantir o acesso das crianças à educação em São José. Recentemente a câmara aprovou proposta da prefeitura para que se compre vagas nas escolas particulares da cidade de modo a acabar com a fila de cerca de 1,2 mil crianças à espera de vagas na educação municipal.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br