A retirada, comercialização e consumo de moluscos bivalves (ostras, vieiras, mexilhões e berbigões) estão suspensos em toda a costa catarinense devido à detecção da toxina ácido ocadaico em quase todos os municípios onde esses moluscos são cultivados.

A medida foi tomada nesta sexta-feira (26/7) pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária e pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) para proteger a saúde dos consumidores. Alguns episódios de maré vermelha já vinham ocorrendo nesse mês.

A Cidasc realiza análises regulares para identificar contaminantes microbiológicos e toxinas nos moluscos. As algas que produzem essas toxinas podem ser absorvidas pelos moluscos e, quando em níveis elevados, podem causar problemas gastrointestinais em humanos, como náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia. A toxina não afeta os moluscos, mas é perigosa para os consumidores.

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Recentemente, as análises mostraram uma alta concentração da alga produtora da toxina tanto na água quanto na carne dos moluscos, o que levou à suspensão das atividades relacionadas a esses animais. Também é aconselhado que a população evite consumir moluscos retirados de bancos naturais, como costões e beira de praia.

O médico-veterinário Pedro Sesterhenn, da Cidasc, explica que este fenômeno é natural e está ligado a fatores como correntes marítimas e condições climáticas. A Cidasc continuará monitorando a situação e poderá rever a suspensão se as condições melhorarem.

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