Nova lei de saneamento é sancionada em Florianópolis visando corrigir coleta

Topázio sanciona nova lei do saneamento básico em Florianópolis
Com a cabeça no saneamento: Topázio sancionou nesta quinta (31) nova lei do saneamento básico em Florianópolis; ao fundo, estação da Casan, que deve ser ampliada – Foto: Lucas Cervenka/CSC

Nesta quinta-feira (31/8) a Lei do Pacto pelo Saneamento em Florianópolis foi sancionada pelo prefeito, Topázio Neto, após ter sido aprovada por unanimidade na Câmara Municipal no dia anterior.

A nova legislação foca não apenas na ponta final do tratamento do tratamento de esgoto, mas em corrigir totalmente a coleta a partir do início: a ligação das casas para a rede pública, de modo a chegar às metas de universalização do Marco do Saneamento (mínimo de 90% de tratamento na cidade até 2033).

Com isso, pretende-se evitar também despejos de esgoto doméstico na rede pluvial e a poluição do mar, como aconteceu no verão de 23. A nova lei inclui também dispositivos inovadores, como o programa de redução de extravasamento de esgoto, o monitoramento de efluentes e reuso, custeio de ligações e mais multas para irregularidades.

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A maioria dos imóveis terá que emitir uma declaração de que a ligação de esgoto está correta – o que a prefeitura chama de autodeclaração. Mesmo se o local estiver incorreto, segundo a prefeitura, haverá prazo de 18 meses para a correção.

Conforme expôs o prefeito na sanção, o trabalho concreto resultante da nova lei deve iniciar ainda nesse ano, após regulamentação, em áreas de menor poder aquisitivo: “Vamos atender a pessoa de baixa renda que vê a rede passar na frente da sua casa e não tem dinheiro pra fazer a ligação. A prefeitura está autorizada a fazer a conexão sem nenhum para o munícipe”, falou Topázio, acrescentando que “o saneamento não é responsabilidade apenas da Casan, mas de toda a comunidade, e é fundamental envolver os cidadãos para que a legislação seja eficaz”

A lei prevê, por exemplo, que casas que estão em terreno abaixo da linha coletora de esgoto na rua recebam desconto para construção de fossas e posteriormente atuação de  limpa-fossa por parte da própria prefeitura.

foto aérea de estação de tratamento de esgoto ao lado de grande área de mata
Ampliação de ETE Saco Grande deve ser concluída em dezembro; com Ingleses e Centro, tratamento na capital deve chegar a 68% dos imóveis- Foto: Casan/Divulgação/CSC

Pressão na Casan

A melhoria do saneamento em Florianópolis também inclui ações por parte da Casan, o que nos últimos meses motivou embates da prefeitura com a companhia estatal e provocou a troca de comando. Topázio entende que é necessário mais investimento para dar conta. “A minha grande preocupação é o seguinte, é que a Casan tenha condições financeiras de fazer as obras necessárias. Por isso que nós estamos exigindo que qualquer cronograma que venha da Casan venha com a indicação de qual a fonte de recurso financeiro que eles usarão para fazer [obras]. Nós não podemos correr o risco de novamente ter um cronograma inexequível por uma questão financeira”, falou o prefeito em entrevista.

Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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