A Casan decidiu desativar o reservatório localizado no bairro de Forquilhinhas, em São José, devido a preocupações com sua confiabilidade. A estrutura, com capacidade para 5 milhões de litros de água, foi construída pela mesma empresa que fez o reservatório rompido no Monte Cristo, a Construtora Gomes e Gomes.
As duas estruturas receberam cerca de R$ 14 milhões da estatal para a obra, valor que é maior do que o efetivamente pago, uma vez que é fruto de financiamento com a Caixa Econômica Federal. A intervenção ocorre como consequência da tragédia e no âmbito de inspeção de todos os reservatórios da Casan no estado, agora motivo de apreensão.
A reportagem do Correio esteve no local do reservatório de Forquilhinhas na semana passada para avaliação, assim como em outros em São José, sem encontrar indícios de vazamentos. Porém, a efetiva constatação da integridade e estanqueidade das estruturas só pode ocorrer de forma oficial por técnicos da área.
A medida de desativação foi anunciada por Edson Moritz, presidente da Casan, em uma reunião na Câmara de Florianópolis nessa segunda-feira (11/9) pela manhã; segundo a companhia não haverá prejuízo no abastecimento. No legislativo da capital foi criada uma comissão temporária para acompanhar o novo rompimento na cidade, ocorrido na quarta-feira (6/9) no Continente, semelhante ao impacto sofrido por moradores da Lagoa da Conceição em janeiro de 21.
Aos vereadores, Moritz enfatizou que todos os moradores afetados serão indenizados, desde que apresentem a documentação dos bens perdidos. Os primeiros pagamentos antecipados começaram já no fim de semana.
Por influência do Movimento dos Atingidos por Barragens, a companhia está oferecendo também atendimento psicológico para os moradores de Monte Cristo afetados pelo incidente do reservatório. Este apoio incluirá orientação tanto presencial quanto online, oferecida por uma empresa especializada.