Após a divulgação pelo Dieese de que a cesta básica em Florianópolis é a segunda mais cara do país, o Procon de Santa Catarina recebeu diversas denúncias de cidadãos indignados com a alta nos preços de alimentos de necessidade básica na capital.
Em fiscalização nessa semana, o órgão notificou 38 supermercados na Grande Florianópolis para que eles explicassem o aumento repassado ao consumidor.
As empresas apresentaram as notas dos fornecedores, justificando a variação de preços. Porém, 15 desses estabelecimentos deverão prestar mais esclarecimentos sobre a variação de preços e nove serão autuados por apresentarem um alta nos valores bem superior ao dos fornecedores. Segundo o Procon-SC, as empresas podem receber multa pela prática de cobrança abusiva e aumento injustificado de preços, ferindo o Código de defesa do Consumidor, como explica o diretor do órgão, Tiago Silva.
O Procon verificou que os preços de feijão, arroz, leite de soja e óleo, tem até 80% de diferença nos valores em relação há alguns dias. Em diferentes estabelecimentos, o preço de um mesmo produto chega a ter uma variação de mais de 1000%, como a farinha de milho que pode ser encontrada por R$ 0,99 em um supermercado e por até R$ 10,99 em outro.
“Não é possível um estabelecimento aumentar o preço sem ter um fato ou argumento que justifique o ato. Elevar o preço conforme o aumento repassado pelo fornecedor não é uma infração, mas colocar um aumento acima disto é errado”, diz Silva.