Na terça-feira (22/4), primeiro dia de greve dos professores da rede estadual de Santa Catarina, uma negociação foi realizada entre sindicato e governo, porém não resultou em avanços significativos.
O governo estadual, representado pelo secretário de Estado da Administração, Vânio Boing, expressou sua disposição em negociar com os professores em greve “assim que as atividades forem retomadas normalmente nas escolas estaduais”.
Boing argumenta que o governo já atendeu a três das quatro demandas apresentadas pelos profissionais da Educação até o final de 2023. Isso incluiu o anúncio do maior concurso público da história da Educação de Santa Catarina, o aumento do valor do vale-alimentação e o início de uma redução gradual na cobrança de 14% na previdência dos aposentados. No entanto, a principal reivindicação dos professores, a descompactação do plano de cargos e salários, ainda não foi completamente atendida.
“A proposta feita pelo sindicato faria com que o Estado ultrapassasse em muito o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Nós pretendemos retomar as negociações assim que todos os servidores voltarem aos seus postos de trabalho”, afirmou o secretário.
Por sua vez, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte) manifestou sua insatisfação com a indefinição de implementação das propostas. Durante a primeira rodada de negociações, o governo, segundo o sindicato, não apresentou propostas concretas para resolver as demandas dos professores em greve.
Nas redes sociais, dirigentes sindicais destacaram que, embora o governo tenha mencionado medidas como o concurso público e a redução dos descontos na previdência, não definiu prazos para sua implementação. Além disso, o sindicato lamentou a postura do governo em adiar a apresentação de propostas de remuneração e de carreira, solicitando um prazo de 60 dias para isso, enquanto a greve continua. Para o sindicato há, por ora, 30% de adesão dos profissionais.