As ações da Prefeitura de São José, por meio da Secretaria de Saúde, mantêm firme o compromisso de combater o mosquito da dengue no Município. Nesta semana, ocorreram duas ações pontuais nos bairros Forquilhinha e Jardim Cidade.
No fim da tarde de terça-feira (11), a Vigilância Epidemiológica de São José ajudou na aplicação de inseticida usando a máquina de UBV (Ultra Baixo Volume) fornecida pela Secretaria Estadual de Saúde. O governo estadual está auxiliando cidades com mais casos confirmados. E desta vez, o bairro de São José escolhido foi Forquilhinha, com aproximadamente 200 casos de infectados. A máquina de UBV tem um alcance de30 metros e pode suportar 40 litros de inseticida.
De acordo com o agente de endemias, Felipe José Vitovski da Silva, atualmente o Ministério da Saúde e o governo do Estado trabalham com duas versões de inseticida. O inseticida espacial, que prioriza atingir os mosquitos durante o voo, é aplicado no início da manhã ou no final da tarde, o que chamam de “inversão térmica”.
Enquanto o outro inseticida é o Fludora, de utilização residual, é usado em um ponto estratégico como em um ferro-velho, locais de reciclagem, lugares onde há um número elevado de focos. E por ele ter essa ação residual, ele fica até 60 dias combatendo as larvas.
Quando a Vigilância Epidemiológica confirma um paciente infectado, a equipe visita o local onde vive e realiza um bloqueio de transmissão. Para isso, é necessário que o produto seja usado em 150 metros no entorno da residência.
Para aplicar o inseticida, Felipe conta que precisa vestir um macacão semi-permeável, respirador com filtro e óculos. Quando a população tem contato esporádico com o produto não há problema, mas no caso dos profissionais que estão mais expostos às substâncias, é necessário que vistam com o uniforme adequado.
BAIRROS
Nesta quarta-feira (12), foi a vez do Mutirão dos agentes de endemias visitar o bairro Jardim Cidade. A ação teve o objetivo de buscar focos ao redor de moradores que foram positivados, como foi o caso do filho de Gracinha Aparecida Flores – moradora há 20 anos do bairro – que segundo ela apresentou calafrios, febre alta e no fim do contágio apresentou coceiras pelo corpo.
A moradora confessa que não se preocupava tanto com a dengue e focava os cuidados apenas na Covid-19 (época do auge). “Com a dengue a gente não se preocupava, achava que era uma ‘coisinha de nada’; quando eu vi o meu filho naquela situação, vou tomar mais precaução!”, desabafa Gracinha.
A agente de endemias, Cleber Barbosa, visitou a casa de Gracinha e orientou que a moradora do bairro Jardim Cidade limpasse as laterais da piscina, além do cloro que ela já coloca. Durante as visitas, Cleber também coletou em uma das casas larvas de mosquito, que estavam dentro de uma caixa d’água, que a família guarda água para lavar as calçadas de casa. Os moradores foram orientados a colocar água sanitária no recipiente, uma vez que ela não é para consumo próprio, a mantê-la fechada. Por hora, o profissional colocou larvicida e coletou as larvas para ser feita a análise.
