Em encontro na manhã dessa quinta-feira (25/11) da Frente Nacional de Prefeitos, os mandatários subiram o tom exigindo do governo federal a imunização imediata de crianças de 5 a 11 anos contra coronavírus.
Em sua fala, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, afirmou que há um estudo técnico encomendado pelo Consórcio Conectar, o qual ele preside, que apontou a importância de proteger as crianças para diminuir ainda mais a transmissibilidade da Covid e chegar a pelo menos 90% da população brasileira imunizada.
“Nós formatamos um documento para o Ministério da Saúde pedindo a imediata inclusão das crianças no Plano Nacional de Imunização – PNI. Sabemos que os sintomas são mais brandos para eles, mas a transmissibilidade pode ser diminuída com a vacinação. Os estudos já demonstraram uma eficácia de 90% nas crianças com a vacina da Pfizer”, declarou Loureiro no encontro, em Aracajú (SE).
Gean também destacou que municípios investem recursos, que muitas vezes não têm disponíveis para que a vacina chegue em todos os recantos do Brasil.
Ainda conforme o mandatário florianopolitano, o estudo encomendado pelo Conectar e liderado pela epidemiologista Carla Domingues, que coordenou o PNI durante 8 anos, apontou que no Brasil a mortalidade de crianças e adolescentes por COVID apresenta taxas cerca de 4 a 8 vezes superiores, respectivamente, às registradas em países como EUA e Reino Unido.
Em Santa Catarina perderam a vida 32 crianças de 0 a 9 anos por conta da infecção por coronavírus entre 37,3 mil casos confirmados.
Em 12 de novembro o consórcio Pfizer – BioNTech entrou com o pedido de autorização na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que sua vacina contra a covid-19, a Comirnaty, possa ser aplicada em crianças com idades entre 5 e 11 anos. A Anvisa tem até um mês para dar o aval sobre a aplicação pediátrica do imunizante. Nessa quarta, a agência europeia de medicamentos (EMA) deu a autorização para esse uso, assim com já haviam feito as agências nacionais de Israel, Canadá e EUA.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br