O prefeito afastado de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa (PL), comunicou nesta segunda-feira (17/7) sua renúncia ao cargo à Câmara de Vereadores, cinco meses após ser preso na 2ª fase da Operação Mensageiro.
O ex-prefeito passa por um processo de impeachment na Câmara de Vereadores, mas, com sua renúncia, o procedimento deve acabar. Pela Lei da Ficha Limpa, Vicente Corrêa Costa fica inelegível por oito anos, pois renunciou no curso de um processo de investigação.
É o quarto prefeito a renunciar no âmbito da Operação Mensageiro, que prendeu ao todo 40 pessoas, das quais 16 prefeitos.
Vicente está detido no Presídio Santa Augusta, em Criciúma, desde o dia 2 de fevereiro. O ex-prefeito tornou-se réu em abril em uma investigação sobre fraudes e corrupção em contratos de coleta e destinação de lixo em várias cidades de Santa Catarina.
Com a renúncia de Costa, o mandato é automaticamente extinto, e a vice-prefeita Márcia Roberg Cargnin (PP) assume a titularidade.
O advogado de Vicente protocolou um pedido de revogação da prisão, assegurando que o ex-prefeito renunciaria ao cargo após sua soltura. Caso seja libertado, Vicente enfrentaria algumas medidas cautelares diversas, como proibição de contato com réu/investigado e acesso às dependências da administração pública do município.
Segundo a Câmara de Capivari de Baixo, o advogado afirma que Vicente é réu primário e não representa grave ameaça ou violência, e que ele não pretende ter contato com o grupo empresarial e agentes públicos investigados. Vicente é médico pediatra e planeja voltar a exercer sua profissão na área da saúde após sua possível liberdade.