A custo de cesta básica em Florianópolis ficou estável em setembro, de acordo com dados do Dieese. O conjunto de alimentos necessários para uma família de 4 pessoas durante um mês teve preço mínimo calculado em R$ 746,55, o segundo maior do país. O resultado é associado a um cenário de deflação no país por conta da redução de preços de combustíveis.
O valor em Florianópolis é praticamente o mesmo registrado em agosto, quando a cesta básica na capital catarinense atingiu média de R$ 746,21. Em 12 meses o encarecimento foi de 12,6%. Um dos itens que mais contribuíram em frear as altas foi o feijão preto, com redução média de preço em 5%. Por outro lado, a carne bovina de primeira subiu quase 12%.
Segundo o departamento intersindical, o valor da cesta básica em Florianópolis representa um tempo de trabalho de 135h e 31 minutos para que uma pessoa que recebe um salário-mínimo consiga comprar a quantidade necessária de comida.
Apenas São Paulo (R$ 750,74) tem uma cesta básica mais cara do que a cidade de Florianópolis, seguida de Porto Alegre e (R$ 743,94) e Rio de Janeiro (R$ 714,14).
Com base na cesta mais cara entre as capitais, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário-mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese considera que o salário-mínimo deveria ser 5,2 vezes maior, R$ 6.306,97.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br