Prática comum de mudar o técnico nem sempre dá resultado

Prática comum
Assim como é tradição no nosso futebol, o Avaí, de uns tempos pra cá, vem repetindo uma prática comum no futebol brasileiro que é a mudança de treinadores durante os campeonatos brasileiros, seja na série A como na B. Isso é uma definição que tanto pode significar uma retomada de resultados positivos como pouco pode alterar a situação do time na tabela de classificação. Quando Geninho retornou à Ressacada nessa temporada o time não vivia uma boa fase. Geninho deu uma erguida na equipe, foi ovacionado, encheu o torcedor de esperança e os conselheiros alegavam ser ele o nome certo. Esses mesmos conselheiros e esses mesmos torcedores o derrubaram na última semana.
O amadorismo de clubes
Se na vida a única certeza que todos nós temos é a morte, no futebol brasileiro o prenúncio mais garantido são as dispensas de um treinador. Mas será que trocar de treinador em pleno andamento de um campeonato vai resolver o problema? Se assim fosse, o Vasco e o Botafogo não estariam na situação complicada que se encontram neste Brasileirão, o poderoso Cruzeiro não estaria fazendo uma campanha vexatória e o Figueirense não estaria agonizando na série B. Em um clube de futebol, assim como numa grande empresa, tem que ter planejamento, tem que saber qual o caminho que seguir. Não adianta apenas mudar. O amadorismo de clubes e dirigente no nosso futebol é uma grandeza.
Fiel da balança
Este Brasileirão ainda está totalmente indefinido. Ainda é uma incógnita para definir quem será o campeão brasileiro. O São Paulo recebeu o modesto Sport Recife no Morumbi e venceu por 1 a 0. É o líder disparado, mas ainda falta alguma coisa para que o time tricolor chegue naquele ponto de confiança do torcedor brasileiro. Além disso, o time do Morumbi não tem um banco de reservas que possa se igualar ao time principal. Já imaginaram, por exemplo, se esse time de Fernando Diniz for acometido pela pestilência como assolou o Santos, Palmeiras e outros times? É bom o torcedor tricolor por as barbas de molho, porque essa tal de Covid-19 é o fiel da balança desse campeonato.
Discussão acirrada
Já era fim de noite do último domingo (6/12) quando a PM foi acionada para controlar uma confusão no Quintino Boteco, no entorno de um shopping no Centro de Florianópolis, onde ocorreu discussão acirrada entre torcedores e jogadores avaianos. Os torcedores teriam cercado um grupo de jogadores do Avaí que saía daquela casa de entretenimento. O zagueiro Airton acabou sendo agredido fisicamente e os outros ficaram num bate-boca acirrado. Através de uma nota o clube repudiou a violência contra os jogadores e resolveu multar e afastar por tempo indeterminado os jogadores Airton, Ralf, Jonathan e Ronaldo. Em meio à pandemia dessa maldita doença, esses jogadores deveriam ficar em suas casas.
Dois golaços
A rodada do último fim de semana da série B registrou dois raros gols, duas pinturas, dois golaços. Rafel Sóbis, do Cruzeiro, no sábado (5), e Jonathan, do Figueirense, no domingo (6), fizeram aquele tão sonhado gol que Pelé não conseguiu, diante da Tchecoslováquia na Copa do Mundo de 1970. Ambos foram um colírio para os nossos olhos. Mas eu ainda fico com o de Jonathan e vou dizer porque. No de Sóbis, ele pegou a bola no meio de campo, ajeitou e bateu. Já no de Jonathan, num campo encharcado, ele pegou no seu campo de defesa e sem ajeitar e sem deixar a bola cair chutou de bate pronto colocando a bola no fundo das redes do Náutico. Esse merece o Prêmio Puskas.
Dentro da Ressacada
Mais uma vez o Avaí não conseguiu superar o time da Chapecoense e desta vez dentro da Ressacada. Na noite de terça-feira (8) a Chapecoense nem tratou de saber se o jogo era fora de Chapecó, tomou conta e já no inicio da partida, contando com a colaboração do goleiro Lucas Frigeri, o atacante Paulinho Mocelin, numa cobrança de falta meteu a bola no ângulo da goleira adversária. O Verdão do Oeste foi mais time, soube aproveitar o momento conturbado que vive o time do Avaí com a demissão do seu treinador e jogadores flagrados em uma balada e saiu de Florianópolis se mantendo isolado no topo da tabela, dando passos largos ao retorno à série A.

Drops da arquibancada

Até o fechamento desta edição o Figueirense ainda não tinha entrado em campo para enfrentar o Paraná. Esse foi o jogo pra definir se vai ou racha. Daqui pra frente, cada partida do alvinegro será uma batalha para permanecer na série B.
Tá rolando um vídeo nas redes sociais em que o jogador Ralf diz que o mês do Avaí tem 90 dias. Se assim for o clube da Ressacada tá passando por sérios problemas quando o assunto é salário atrasado. Não à toa os jogadores já não lutam com garra pelo acesso.
Até aqui, tanto o Avaí, quanto o Figueirense ainda têm 11 jogos. Um na tentativa de subir, o que é muito difícil, e o outro pra não cair para a terceirona. Ambos irão enfrentar adversários diretos nessas batalhas. Resta saber se os nossos clubes irão alcançar seus objetivos.
Um bambi saltitante me informa que o salário do jogador Valdívia é de R$ 200 mil. Sendo que o Internacional que é o dono de seu passe e paga R$ 160 mil e o Avaí desembolsa R$ 40 mil. Se a informação for verdadeira, é muito dinheiro para pouco futebol.
Cartão rosa/vermelho
Cartão rosa para as meninas do bom time de futebol feminino do Avaí/Kinderman, que, diferente da macharada, souberam honrar a camisa e Santa Catarina na grande decisão do campeonato brasileiro de futebol feminino, uma espécie de Série A. Mesmo com a conquista do vice-campeonato essas meninas merecem os nossos aplausos.
Cartão vermelho para tudo que se refere ao racismo. Essas agressões, sejam verbais ou físicas, contra quem quer que seja. O que aconteceu em Paris no jogo entre o PSG e Istambul, pela Liga dos Campeões, quando os times se retiraram de campo em represália às ofensas racista proferidas justamente por um árbitro da Fifa me causou nojo. De parabéns o jogador Ben Baba, que tomou as dores, seguido por Neymar e Mbappé. Esse juizinho cretino merece ser banido do futebol mundial.
Pensamento do Bambi
Esta confirmado, sou pobre mesmo: Já fazem meses que lançaram a nota de 200 e eu ainda não peguei nenhuma.
Publicidade
COMPARTILHAR