Dois peritos da Polícia Científica estiveram nesta quarta-feira (9/11) em diversos locais do câmpus Trindade da UFSC para a realização de perícia em ambientes onde foram encontradas inscrições de caráter racista e nazista.
Os agentes foram à universidade cumprir requisição para periciar os locais sob investigação e acompanharam dois agentes da Delegacia de Repressão ao Racismo e Delitos de Intolerância (DRRDI), que está conduzindo a investigação dos crimes. O secretário de Segurança Institucional da UFSC, Leandro Oliveira, também acompanhou o trabalho.
A perícia durou cerca de 4h. Os trabalhos ocorreram nas dependências do Centro de Ciências da Educação (CED), do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) e do Centro de Ciências da Saúde (CCS), sendo acompanhados pelos diretores dos centros. Os banheiros onde fora escritas as mensagens supremacistas foram isolados pela segurança da UFSC para preservar possíveis digitais.
As mensagens surgiram em banheiros desses centros após prisão de nazistas em uma operação da Polícia Civil; quatro dos seis presos eram estudantes da UFSC. Posteriormente às inscrições, houve a descoberta de cartas com teor racista no mesmo câmpus.
De acordo com informações da Polícia Científica, no local foi feito levantamento minucioso, com uso de equipamentos especiais como luz forense. Posteriormente os laudos devem apontar a autoria das mensagens racistas e, assim, a responsabilização criminal.
+ Gaeco descarta manifestação nazista em São Miguel do Oeste
“A UFSC tem acompanhado de perto todos esses episódios e a ideia é tentar identificar os autores e obviamente partir para uma punição. A gente reforçou as rondas nos ambientes, principalmente nos locais onde houve as inscrições”, afirmou Oliveira.
