PF sequestra em Florianópolis imóvel de traficante do avião da FAB

Operação da Polícia Federal em Santa catarina
Lucas Cervenka/CSC

O traficante de cocaína Manoel Silva Rodrigues, sargento do exército brasileiro que utilizava aviões da FAB para o transporte internacional da droga, é alvo de nova de operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (15/12).

A PF deflagrou a quinta fase da Operação Quinta Coluna, que investiga a utilização de aeronaves da Força Aérea Brasileira para o tráfico de cocaína. O esquema veio à tona quando o sargento foi pego na Espanha em 2019 transportando 37kg de cocaína no avião do presidente Jair Bolsonaro, que não estava na aeronave na ocasião.

A partir do flagrante no país europeu, onde o sargento já foi condenado à prisão, a PF iniciou as investigações sobre o grupo de militares que usa o aparelho estatal para o tráfico.

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Nessa quinta, com o objetivo de aprofundar as investigações relativas à lavagem de dinheiro praticada pelo investigado apontado como líder de uma associação criminosa, a polícia cumpre os bloqueios judiciais de imóveis em Brasília e Florianópolis.

Na capital catarinense o endereço de bloqueio, segundo apurou o Correio junto à PF em Brasília, é na Rua Rui Barbosa, bairro Agronômica. A corporação não informou qual tipo de imóvel foi bloqueado em Florianópolis.

Ao total, a quinta fase da operação faz o bloqueio de 5 imóveis, incluindo uma academia de ginástica, R$ 2 milhões referente a um empréstimo feito pelo sargento traficante, dois veículos de luxo e R$ 1,6 milhão congelado na conta do alvo.

As investigações apontam que a aquisição de bens e movimentação de valores foram realizadas majoritariamente em espécie e que o investigado teria se utilizado de parentes para figurarem como “laranjas”.

Apurou-se ainda a utilização de empresas de fachada para dissimular a propriedade de imóveis e movimentação de vultosas quantias.

Os investigados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com penas que podem chegar a 13 anos de reclusão.

Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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