Pandemia excluiu 49 mil estudantes da educação em Santa Catarina

    Com escolas fechadas por causa da pandemia, em novembro de 2020 mais de 49 mil estudantes em Santa Catarina não frequentavam qualquer tipo de aula. É o que releva o estudo “Cenário da Exclusão Escolar no Brasil – um alerta sobre os impactos da pandemia da Covid-19 na Educação”, lançado nesta quinta-feira (29/4) pelo Unicef, em parceria com o Cenpec Educação.

    De acordo com o estudo, foi considerada como infrequência escolar as crianças e adolescentes de 6 a
    17 anos que declararam não frequentar a escola ou que frequentavam a escola, mas não tiveram atividades escolares disponibilizadas na semana anterior à entrevista. O documento não detalha esse segmento em Santa Catarina, mas o estado ainda tem problemas com o ensino remoto, fazendo com que estudantes fiquem sem aulas.

    O total de 49.539 estudantes em Santa Catarina excluídos da educação corresponde a 4,4% da população do estado dessa faixa etária de 6 a 17 anos. As crianças e jovens fora da escola, no entanto, não são fruto exclusivo da calamidade sanitária. Em 2019, eram cerca de 1,8% estudantes catarinenses excluídos da educação – ou 22.529 meninos e meninas, de acordo com dados da Pnad 2019. Com a pandemia, então, a exclusão escolar cresceu em 2,2 vezes.

    Brasil: 5 milhões fora da aula
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    No Brasil quase 1,5 milhão de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos não frequentavam a escola (remota ou presencialmente). A eles, somam-se outros 3,7 milhões que estavam matriculados, mas não tiveram acesso a atividades escolares e não conseguiram se manter aprendendo em casa. Assim, em todo o país mais de 5,1 milhões de estudantes dessas faixas etárias não tiveram acesso à educação, número semelhante ao que o Brasil tinha no início dos anos 2000. O dado corresponde a 13,9% da população brasileira de meninas e meninos de 6 a 17 anos.

    A exclusão escolar atingiu sobretudo crianças de faixas etárias em que o acesso à escola não era mais um desafio. Dos 5,1 milhões de meninas e meninos sem acesso à educação no Brasil em novembro de 2020, 41% tinham de 6 a 10 anos de idade; 27,8% tinham de 11 a 14 anos; e 31,2% tinham de 15 a 17 anos – faixa etária que era a mais excluída antes da pandemia. O estudo, que utiliza dados do IBGE, não delimitou as faixas etárias por estado.

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