Nessa sexta-feira (24/4) o município de Palhoça comemora 126 anos de emancipação político-administrativa. Excepcionalmente neste ano, devido às medidas necessárias para prevenção e combate à pandemia causada pelo novo coronavírus, a prefeitura não realiza eventos e ações comemorativas.
Para flexibilizar o funcionamento do comércio, que foi recentemente autorizado pelo governo estadual a reabrir, o prefeito, Camilo Martins (PSD), transformou o feriado municipal pelo aniversário da cidade em ponto facultativo.
Os serviços públicos de urgência e emergência funcionam normalmente, como a unidade de pronto atendimento (UPA) da Pinheira, das 9 às 21 horas, a UPA 24 horas do bairro Bela Vista, o serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU) e a central de atendimento telefônico Covid-19.
História de emancipação
O território de Palhoça pertenceu à antiga Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis) até 1833, antes de fazer parte do município de São José, de quem desmembrou-se político-administrativamente em 24 de abril de 1894.
O Decreto de Emancipação nº 184 foi assinado pelo então governador Antônio Moreira César. Em um trecho de seu livro, o historiador palhocense Claudir Silveira explicou a principal causa da emancipação: além do progresso que a cidade já havia alcançado, uma represália política teria motivado a decisão. “Mandatários do município de São José eram monarquistas e aderiram aos revoltosos na Revolta da Esquadra, em 1893, que pretendia restaurar o antigo regime monárquico, substituído pela República em 1889”.
O governador assinou, então, a emancipação de Palhoça para punir os josefenses e, pelo ato, Palhoça herdou mais da metade do território de São José, totalizando 3.180 quilômetros quadrados. A partir de 1922, perdeu os territórios correspondentes aos atuais municípios de Santo Amaro da Imperatriz, Garopaba, Paulo Lopes, Rancho Queimado e São Bonifácio.
