Orvino: “Conversa com a Casan foi pesada”

Prefeito falou sobre projetos em dia de posse de adjuntos e sanção de lei para Cultura

Fotos: Jeferson Regis/Secom/PMSJ/Divulgação

Em dia de posse de novos secretários adjuntos em São José, nesta quinta-feira (31/8), o prefeito, Orvino Coelho de Ávila, falou sobre projetos que precisam de apoio estadual no município. Segundo o chefe do Executivo municipal, há uma necessidade de aporte em obras, como a ETE de Potecas, por parte da Casan, e na construção da Avenida Beira-Rio.

Nessa data ele também sancionou a lei Paulo Gustavo, para investimentos em cultura, primeira cidade da região a concluir a etapa jurídica para permitir a destinação aos projetos.

Na secretaria de Planejamento assumiu Amauri Valdemar da Silva, o Amauri dos Projetos, e na de Desenvolvimento Econômico, Franciso, ambos como adjuntos.

Entrevista: Orvino Coelho de Ávila, prefeito de São José
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Correio – Hoje o senhor deu posse para duas secretarias?

Prefeito Orvino – Dei posse para o adjunto do Planejamento, meu amigo Amauri dos Projetos, o qual tenho muita estima e muita consideração. Eu convivo com o Amauri desde que ele era menino, e é um profissional que cabe muito bem na pasta, vai nos ajudar. E também o pastor Francisco, no Desenvolvimento Econômico, que já esteve na pasta, conhece e vai contribuir muito. O União Brasil já nos ajuda mas nunca é demais você alocar as pessoas no lugar certo e a cidade e a população vão ganhar muito com isso.

Correio – A secretaria de planejamento foi criada na sua gestão?

Prefeito Orvino – Sim, nós trouxemos o Pedro Paulo, demos uma organização a ela, porque o planejamento é fundamental para a cidade, a cidade precisa ter projetos. Eu peguei um único projeto que era o trecho 2 da Beira-rio e logicamente quem não tem projeto as obras no município não avançam, você não consegue captar recursos sem projetos. O projeto tem que vir à frente de tudo, o que quer fazer, aonde vai fazer e o porquê que você vai fazer.

Correio – Como está a obra da Avenida Beira-rio?

Prefeito Orvino – Está andando. Conseguimos numa triangulação com a Assembleia Legislativa mais R$ 25 milhões, onde agradeço muito o deputado Julio Garcia e Mauro de Nadal e ao secretário da Fazenda e também ao Governo do estado. Acho que a obra é para todos os josefenses. Nós precisamos atacar a mobilidade urbana de uma maneira bastante intensa porque a cidade vai crescer para aquele lado, é onde tem como crescer, e temos que facilitar a vida das pessoas, porque passar 60 mil veículos na Arthur Mariano hoje é judiaria com o cidadão e isso custa dinheiro, custa tempo e custa saúde.

Correio – Na reunião que o senhor fez com a Casan, o que ficou definido?

Prefeito Orvino – A reunião foi pesada, até porque quando a gente pensa que a coisa está concluída, nós não fizemos acerto nenhum com diretor nenhum, nós fizemos um termo com a empresa Casan e esperamos que eles cumpram com o que foi tratado. São José não pode as obras serem tocadas a passo de tartaruga. A estação de tratamento é um exemplo disso. A Casan hoje para a cidade de São José causa um prejuízo enorme, eles fazem em média 15 buracos por dia, isso não é justo com a população, não é justo com a administração municipal, isso dá quase 500 buracos por mês, e para eles repassarem o recurso para que a prefeitura possa recuperar é muito aquém daquilo que precisa. Precisamos ajustar, já marcamos uma próxima reunião para dia 14/9, temos que resolver alguns problemas de água que tem nas áreas mais altas, bairros que necessitam mais e se a administração pública não fiscalizou, não é o cidadão que tem que pagar por isso. A água é um bem vital para o ser humano, isso é uma questão de saúde pública.

Amauri dos Projetos assumiu como adjunto na Secretaria de Planejamento e Pastor Francisco na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Foto: Jeferson Regis/Secom/PMSJ/Divulgação
Planejamento

Correio – O que representa esse retorno depois de sete anos fora?

Amauri dos Projetos – É um sonho realizado. Na época que estava no PTB fazendo projeto para a majoritária, o Instituto de Planejamento era nosso sonho. A cidade está crescendo muito rápido e precisa de planejamento, e por incrível que pareça hoje estou entrando na pasta de planejamento. Não é um Instituto, mas a secretaria de planejamento tem força, tem capacidade de ação, para mim é muito importante, uma área que eu gosto e conheço e vou tentar contribuir o máximo possível para São José, vou tentar corresponder a expectativa do prefeito, da prefeitura e da cidade, fazendo um trabalho que acelere os projetos para a cidade, para que possa ter os encaminhamentos que a cidade merece e precisa.

Superintendente da Fundação de Cultura, Charles Colzani, Prefeito Orvino Coelho de Ávila, Vice-prefeito Michel Schlemper e vereadora Gilmara. Foto: Jeferson Regis/Secom/PMSJ/Divulgação
R$ 2 milhões para Cultura

Na mesma cerimônia foi sancionada a Lei Municipal Paulo Gustavo em São, que terá aporte próximo a R$ 2 milhões para projetos culturais. O superintendente da área, Charles Colzani, falou a respeito do novo momento:

“A lei Paulo Gustavo e uma lei emergencial para atender a classe artística dos municípios brasileiros, que foi a última categoria a retomar às atividades após a pandemia de covid-19. Essa iniciativa tem o apoio do prefeito Orvino Coelho de Ávila, que tem sido parceiro das atividades culturais e artísticas de São José.
Por isso ela é tão importante para nós, no intuito de auxiliar os artistas de São José. Nosso processo envolveu as oitivas, escutando a categoria em dois momentos. Ainda, nossa equipe, da Secretaria de Cultura e Turismo se dedicou para celeridade à execução dessa lei por meio dos editais Nº 11 e Nº12, que juntos somam R$ 1.978.784,98. Estamos felizes de anunciar que serão contemplados 88 projetos de artistas exclusivamente josefenses”.

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