Operação tenta evitar fuga de suspeitos de pirâmide financeira em Florianópolis

Justiça autorizou pedido do MPSC e da Polícia Civil para que investigados não saiam da cidade

Veículos de luxo apreendidos na Operação Cripto X
Veículos de luxo apreendidos na Operação Cripto X - Foto: PCSC/Divulgação/CSC

Deflagrada nesta quinta-feira (6/4) a operação Cripto X, para buscar provas de fraude financeira em empresa sediada em Florianópolis. Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados à empresa e contra sete pessoas investigadas por fraude financeira.

A investigação da Deic e do MPSC apura um suposto esquema de fraude financeira que envolvia o oferecimento de investimentos em criptomoedas com rendimentos mensais atrativos, que chegavam a até 20%. As vítimas eram atraídas para investir na empresa, que funcionava como uma pirâmide financeira. Após o colapso da empresa, o principal investigado fechou os escritórios e deixou inúmeras vítimas com prejuízos de milhões de reais.

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A operação teve como objetivo buscar elementos para o inquérito civil instaurado pela 29ª Promotoria de Justiça e investigar o inquérito policial conduzido pela DEIC em conjunto com o Ministério Público. Até o momento, foram identificadas 15 possíveis vítimas que teriam perdido cerca de R$ 1,5 milhão, mas estima-se que a empresa teria mais de 7,5 mil clientes e movimentado cerca de R$ 900 milhões.

Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça também bloqueou os bens das pessoas físicas e jurídicas investigadas, a fim de assegurar um futuro ressarcimento das possíveis vítimas. Diversos veículos de luxo foram apreendidos, armazenados no pátio da Deic, em Areias, São José. De acordo com o MPSC, foi autorizado também pedido judicial para proibir os investigados de deixarem Florianópolis, a fim de evitar uma fuga dos suspeitos.

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