A Receita Federal iniciou na madrugada dessa sexta-feira (14/6) uma operação para apreender produtos de contrabando em São José, Florianópolis e Itapema. O órgão realizou buscas na central de distribuição dos Correios no bairro Nossa Senhora do Rosário, São José, e no camelódromo do Centro de Florianópolis, na Av. Paulo Fontes, e no Aeroporto Hercílio Luz.
Ao total, no camelódromo, foram 32 boxes fiscalizados, 220 volumes retidos, com valor estimado em R$ 1.221.280. Nos Correios a Receita Federal reteve 55 volumes, estimados ao total em US$ 10 mil, cerca de R$ 39 mil.
De acordo com o delegado Daltro José Cardoso, a operação no camelódromo visou produtos comprados pelos comerciantes principalmente no Paraguai. Já nos Correios foram apreendidas mercadorias de diversas procedências, referentes a compras pela internet. Foi inclusive encontrado um pacote com maconha.
O órgão também fez diligência no aeroporto Hercílio Luz na parte da tarde, quando abordou passageiros de um voo vindo da Argentina para verificar as bagagens com o uso de um cachorro farejador da própria Receita, mas não encontraram nenhuma droga ilícita.
A Receita utilizou 50 funcionários na operação, inclusive equipes armadas, com auxílio da Polícia Civil e da Guarda Municipal de Florianópolis. Segundo a Receita Federal, todas as mercadorias apreendidas ao longo do dia foram lacradas e encaminhadas para o depósito de mercadorias apreendidas da Alfândega de Florianópolis. O delegado Daltro explica que nas retenções nos Correios a Receita oportuniza aos remetentes que apresentem notas fiscais para poder reaver os produtos, mas, caso não ocorra, é dado perdimento.
Segundo o delegado Daltro a operação que transcorreu ao longo dessa sexta-feira pode durar mais alguns dias, a depender de avaliação das apreensões. Na tarde dessa sexta ainda ocorria fiscalização no pedágio da BR 101 em Itapema e no sábado novos alvos devem ser incluídos.
Segundo a associação dos lojistas do camelódromo a Receita Federal levou produtos mesmo com as notas fiscais e regularizados, que depois os comerciantes terão de retirar.