A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (22/11), a Operação Pérola Negra. O objetivo principal é desarticular uma organização criminosa envolvida em fraudes fiscais, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Durante a operação, os agentes cumpriram dez mandados de busca e apreensão, sendo nove em Florianópolis e um em Palhoça.
Além disso, as autoridades bloquearam contas bancárias e ativos financeiros, além de sequestrar bens e valores que somam até R$ 300 milhões. Nesse contexto, a Receita Federal e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional participaram da operação, reforçando ainda mais o trabalho investigativo.
As investigações revelaram um esquema de sonegação fiscal, que causou prejuízos superiores a R$ 300 milhões aos cofres públicos. Para tanto, a Polícia Federal contou com a cooperação internacional dos Estados Unidos, o que permitiu identificar com mais precisão os envolvidos. Ademais, os suspeitos utilizavam empresas registradas em nome de terceiros para evitar o pagamento de execuções fiscais.
Além disso, os investigados mantinham um padrão de vida elevado, totalmente incompatível com os rendimentos declarados. Entre os bens apreendidos, destacam-se propriedades no exterior e empresas situadas em paraísos fiscais.
Os responsáveis pelo esquema responderão por organização criminosa, fraude à execução, evasão fiscal e lavagem de dinheiro. As penas para esses crimes podem chegar a 26 anos de reclusão.
Pérola Negra
O nome da Operação Pérola Negra faz referência ao navio do personagem “Capitão Jack Sparrow”, do filme “Piratas do Caribe”. Assim como o pirata, a empresa investigada se esquiva das autoridades, atuando no setor de fabricação de barcos e evitando cumprir suas obrigações tributárias há bastante tempo.