Na manhã desta quarta-feira (5/5), a Polícia Civil deflagrou a Operação Parquímetro, contra a empresa Dom Parking, que administrava a zona azul de Florianópolis, e seus controladores, para cumpriu 42 mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça em 11 municípios em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
As ordens judiciais decorrem de investigação relacionada a suspeitas de possíveis irregularidades, tanto no contrato e na execução da exploração da outorga de concessão das vagas de estacionamento rotativo no Município de Florianópolis, a popularmente denominada zona azul.
De acordo com o apurado, a empresa que detinha o contrato deixou de repassar ao Município, entre os anos de 2013 e 2018, aproximadamente R$ 20 milhões, com indícios de omissão na fiscalização do contrato.
As investigações mostraram que parte dos valores arrecadados foi destinada a empresas do grupo familiar investigado, pagamentos de contas pessoais particulares, aquisição de bens de alto valor, pagamentos não contabilizados, simulação de empréstimos e de prestação de serviços, tudo em prejuízo do erário municipal da capital.
Foram realizadas buscas nas cidades de Florianópolis, São José, Palhoça, Governador Celso Ramos, Itapema, Balneário Camboriú, Itajaí, Joinville, São Francisco do Sul, Caçador e Novo Hamburgo (RS).
Os crimes investigados são fraude a licitação, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Participaram da operação 100 policiais civis, entre integrantes da DEIC, das Delegacias de Polícia locais e do Instituto Geral de Perícias, que prestaram importante apoio na operação.
Contrato
Em setembro de 2019 a prefeitura de Florianópolis, diante das diversas irregularidades praticadas pela Dom Parking, e pelo calote de R$ 20 milhões, rescindiu o contrato com a empresa. Em agosto de 2020 o sistema de zona azul (estacionamento rotativo pago) da capital voltou a funcionar com nova empresa.