Na manhã desta segunda-feira (18/3), uma operação policial foi desencadeada na Grande Florianópolis com o objetivo de reunir evidências relacionadas a um ataque ocorrido na semana passada a um caminhão de lixo terceirizado. O veículo foi incendiado por criminosos armados no bairro Jurerê, após o motorista ser rendido.
A investigação inicial descobriu que um carro que seguiu o caminhão foi alugado em nome de uma sindicalista do Sintrasem. Essa descoberta fez com que três mandados de busca e apreensão fossem emitidos, cumpridos na operação dessa segunda na capital e um no município de Palhoça, como parte dos esforços para esclarecer o incêndio criminoso.
A quebra de sigilo telemático aparelhos apreendidos foi autorizada pelo poder judiciário e pelo Ministério Público de SC na tentativa de encontrar evidências que possam esclarecer a motivação do ataque.
Segundo a polícia civil, os elementos coletados até o momento indicam a participação de dois dos quatro investigados no ato criminoso. Esses indivíduos teriam tido acesso ao veículo pertencente à entidade sindical, conforme imagens captadas durante o atentado, ainda em contexto de greve na cidade.
O Sintrasem, por sua vez, se manifestou através de nota, negando que haja envolvimento:
Os diretores do Sintrasem receberam os mandados com muita tranquilidade, pois sabemos que nada de ilícito será encontrado. Os mandados de busca e apreensão efetuados hoje acontecem dentro do contexto de criminalização do sindicato, na tentativa de vincular o Sintrasem e seus diretores a atividades ilícitas.
O sindicato também reforçou que não pode se pronunciar sobre um processo sigiloso ao qual não tiveram acesso e que o foco do trabalho está em defender direitos dos trabalhadores da Comcap e da Prefeitura de Florianópolis, pontos que motivam a greve atual, que dura uma semana.