Dos 96 leitos de UTI pediátricos no SUS em Santa Catarina, 94 estão ocupados (97,9%), de acordo com dados das Secretaria de Estado da Saúde (SES) desta terça-feira (25/5).
Seis regionais de Saúde estão com os leitos lotados; apenas a região do Vale do Itajaí tem leitos disponíveis. Das 94 crianças internadas em terapia intensiva, duas foram diagnosticadas com Covid-19.
Segundo a SES, nas últimas semanas cresceu a quantidade de consultas de crianças com sintomas respiratórios, o que levou à lotação das unidades pediátricas públicas.
A pasta estadual alerta para cuidados contra doenças respiratórias, como a Covid e a Influenza, enfermidade que matou duas crianças nesse ano.
Imunização é a principal solução
A principal prevenção continua sendo a imunização. A vacina contra influenza trivalente protege contra três tipos de vírus: Influenza A (H1N1), Influenza A(H3N2) e Influenza B. As crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade fazem parte dos grupos prioritários para vacinação por apresentarem riscos de desenvolver complicações graves e até mesmo óbito. A vacinação das crianças além de protegê-las contra formas graves da gripe, contribuem para reduzir a sobrecarga dos serviços de saúde e a reduzir a ocorrência de surtos nesse público, principalmente nas escolas.
As crianças que são vacinadas pela primeira vez contra a influenza devem receber uma segunda dose, com intervalo de 30 dias após a primeira dose. Já aquelas que foram vacinadas em anos anteriores, devem receber apenas uma dose.
Ainda segundo a Secretaria de Saúde, a Covid-19 tem seu potencial de causar quadros graves e mortes reduzidos aos poucos por causa da vacinação, apesar de ainda se manter uma doença altamente transmissível. A cobertura desse público contra a doença do coronavírus é baixa, entretanto: apenas 42% foram vacinados com primeira dose. Em SC, 48 crianças morreram de Covid desde o início da pandemia.
Máscaras novamente recomendadas
As principais medidas de prevenção às doenças respiratórias, além da vacina, são soluções simples e baratas, que têm boa eficácia na redução de casos. A SES voltou a recomendar o uso de máscara. Evitar espaços mal ventilados e aglomerações, manter distanciamento físico, lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool gel 70%, cobrir o rosto com o antebraço ao tossir ou espirrar, evitar frequentar ambientes coletivos em especial salas de aula se estiver com sintomas respiratórios e usar máscara de forma adequada, cobrindo o nariz e a boca sempre que estiver num ambiente fechado.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br