“O coração da cidade é o empresário”, diz a presidente do Avante-SJ

bernadete olha sorridente para a foto sentada em uma mesa
Bernadete Inácio Lopes Souza (Beth), presidente do Avante de São José - Divulgação/CSC

Há dois anos o Avante trocou de nome e busca seu espaço na política. Era PT do B e mudou para “estreitar os laços com o povo”, como disseram os líderes à época. Em São José, há 12 anos o partido também quer crescer. Nesse tempo, à frente da sigla, está Bernadete Inácio Lopes Souza, ou Beth, como é mais conhecida.

Na série de entrevistas do Correio de Santa Catarina com os líderes partidários no munício, Beth fala sobre a construção política do Avante de São José para as eleições de 2020, diz que o empresariado está sendo esquecido e que também houve muito avanço na administração municipal nos últimos anos.

Correio – Como o Avante está se preparando para as eleições de 2020?
Bernadete Inácio Lopes Souza – O partido está estruturando para lançar candidatura na majoritária e a vereadores em São José. Vamos tentar sair com nominata completa e forte devido à falta de coligações.

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Correio – Quais possíveis candidatos a vereador?
Bernadete – A Bernadete, o Júlio César, o Rodrigo do Lisboa, o Espíndola e estamos buscando outras lideranças.

Correio – Para candidato a prefeito quem seria?
Bernadete – Essa escolha está sendo feita pelo diretório estadual, eles estão procurando um nome para a majoritária.

Correio – E as possibilidades de coligação?
Bernadete – Hoje a maior probabilidade de coligação é com PSD, eles já estiveram em contato conosco e outros partidos ainda não nos procuraram. Já tivemos uma reunião com o PP e eles querem que a gente se una com eles, mas porque eles não vêm se unir a nós?

Correio – Quais são os projetos do Avante para uma administração de São José?
Bernadete – Atenção a quem quiser investir em São José e a todos os empresários. Acabar com a burocracia dos alvarás, montar o balcão do empresário, o cidadão entrega o documento e a prefeitura se responsabiliza em correr atrás do restante. O município que consegue gerar emprego não tem tantos roubos.

Avaliação da cidade

Correio – Como você vê a câmara de vereadores hoje?
Bernadete – Ficaram todos de mãos atadas. São José é uma cidade que não apresentou grandes projetos que desenvolva. Vejo a câmara trabalhando mais em prol das comunidades para resolverem as dificuldades de dentro dos bairros e isso consome o tempo do vereador e falta tempo para desenvolverem grandes projetos e trazerem obras de impacto na cidade. Estão esquecendo o coração da cidade, que é o empresário, que demora muito para conseguir a liberação de funcionamento de sua empresa. Falta uma cobrança dos vereadores nesse sentido e uma ação mais efetiva do executivo. (A demora) faz com que se abra uma empresa em outro município, gerando impostos para outros municípios.

Correio – Como vê a atuação do executivo?
Bernadete – Como todo o prefeito quando assume, a prefeita deu segmento nas obras que ficaram e avançou nas unidades de saúde, escolas, praças, pavimentação de ruas. Acho que ela fez a parte dela, tanto que se reelegeu. Ela deu atenção para todo o município. As câmeras de segurança que foram instaladas no município ajudaram a inibir muitas ocorrências, dando uma sensação de maior segurança à população. Outra questão é a manutenção da cidade, sempre limpando as ruas e praças. Também a construção da UPA de Forquilhinha ajudou a esvaziar a emergência do Hospital Regional.

Correio – E o que a Adeliana teria deixado de fazer?
Bernadete – O projeto da Beira-mar de Barreiros que ficou parado, está pronto desde 2008, mas devido à burocracia e questões ambientais está parado. A Leoberto Leal melhorou em relação a acidentes, o tráfego fluiu mais rápido só que no caso de acidentes prejudicou, porque não tem como uma viatura ou ambulância atravessar para o outro lado da avenida para prestar o atendimento.

Correio – Acredita que terá uma renovação na câmara?
Bernadete – É normal em todas as eleições uma renovação de 25 a 30%, acredito que vai acontecer isso.

Correio – Com a nova lei, sem coligações ficou melhor para os partidos?
Bernadete – Ficou ruim para os partidos que não tem candidatos suficiente para montar uma legenda. Acredito que ficou ruim para os partidos grandes porque eles têm quatro ou cinco candidatos fortes e usavam siglas de aluguel para completar a legenda.

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