A nova tabela de cobrança tarifária da Casan entra em vigência a partir desse domingo (1/3). Os novos valores foram definidos pela Aresc (Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina), que teve idas e vindas nas consultas públicas a respeito da tarifa mínima.
Segundo a agência, o maior objetivo da nova tabela é estimular o usuário a consumir água de forma racional, isso porque a conta ficará mais cara a partir desse domingo para quem consome mais do que 8m³ de água por mês. O estudo da Aresc para a reformulação da tarifa de água também se baseou na garantia do equilíbrio econômico e financeiro da Casan e modicidade tarifária justa para quem paga a fatura.
A principal mudança na nova tabela é a extinção da taxa de volume mínimo de 10 metros cúbicos, que era de R$ 45,19. No lugar desse valor entra a Tarifa Fixa de Disponibilidade de Infraestrutura (TFDI) que é de R$ 29,49, e a partir disso, uma cobrança pelo consumo efetivamente apontado no hidrômetro. A mudança ocorreu porque o Supremo Tribunal Federal proibiu, em 2013, essa cobrança de tarifa mínima, mas, na prática, apesar do valor menor, a taxa ainda vai existir.
Novo cálculo
A essa nova tarifa serão associados cálculos específicos por metro cúbico, que levam em conta o consumo real de cada imóvel. Entre 1 e 10 metros cúbicos, por exemplo, o valor é de R$ 1,96 por metro cúbico (a cada mil litros). E entre 11 e 25 metros cúbicos o valor passa para R$ 9,11, conforme tabela abaixo.
Para quem consome até 8 m³, a tarifa será reduzida. Mas quem consumir acima de 10 metros cúbicos vai pagar mais caro a partir de março, com acréscimos que podem chegar, no teto, a 10%.
Segundo a Aresc, 68% dos usuários utilizam o volume medido de até 10 m³. Ainda, de zero até 8 m³ estão concentrados 51% de toda a população residencial que atualmente é atendida pela concessionária estadual. Já, os 16% dos usuários serão incentivados a economizar para pagar uma fatura menos, uma vez que pagavam a taxa de consumo mínimo.
A nova estrutura irá beneficiar metade da população usuária do abastecimento de água prestado pela Casan, reforça a Gerente de Fiscalização de Saneamento Básico, Luiza B. Burgardt. “Antes as pessoas pagavam 10 m³ e não necessariamente utilizavam tudo. O novo modelo fará que elas sejam motivadas a fazer o uso consciente da água. Isso resulta na diminuição na pressão dos recursos hídricos aqui no nosso estado e menos desperdício”, enfatiza. A companhia disponibiliza em seu site uma planilha para simular e calcular os novos valores.
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