Cerca de 100 mil trabalhadores regulares não terminaram o ensino básico nas 19 cidades da Grande Florianópolis, de acordo com dados recentes do Ministério do Trabalho. Para mudar essa situação, a Câmara do Movimento Santa Catarina Pela Educação deve estudar medidas de combate à evasão escolar.
O ponto de partida, segundo o Vice-Presidente regional Sudeste da Fiesc, Tito Alfredo Schmitt, é analisar a maneira como os profissionais com escolaridade incompleta estão atuando. A partir daí, é preciso buscar formas de atraí-los à escola para qualificar o mercado de trabalho. “É preciso aproximar o ensino desses profissionais não apenas indo até eles, mas relacionando os estudos com as profissões que ocupam e motivando essas pessoas a estudarem”, disse.
De acordo com os índices do Ministério do Trabalho, mais de 20% dos trabalhadores regulares possuem escolaridade incompleta na Grande Florianópolis.
Segundo a Interlocutora da Regional Sudeste, Jussara Castilhos, é preciso mostrar para esses profissionais a importância de terminar os estudos. “Temos que fazer com que esses trabalhadores entendam que o estudo abre portas para melhores oportunidades”.
Setor econômico | Total trabalhadores | Trabalhadores com educação básica incompleta | % | Trabalhadores com educação básica completa | % |
Indústria | 67.313 | 22.445 | 33 | 44.868 | 67 |
Comércio | 88.027 | 19.969 | 23 | 68.058 | 77 |
Serviços | 303.882 | 50.498 | 17 | 253.384 | 83 |
Transporte | 16.048 | 5.317 | 33 | 10.731 | 67 |
Agricultura | 1.088 | 607 | 56 | 481 | 44 |
Total | 476.358 | 98.836 | 21 | 377.522 | 79 |
Escolaridade básica dos trabalhadores regulares na Grande Florianópolis por setor econômico