Mpox: A nova emergência global e seus sintomas

    Foto: Imagem Canva/Divulgação

    A varíola dos macacos, conhecida como mpox, tem despertado atenção global recentemente, mas, segundo o diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, não deve ser comparada à COVID-19. Em declaração feita em Genebra, Kluge esclareceu que, embora a mpox tenha emergido como uma preocupação global, não apresenta o mesmo nível de ameaça pandêmica que o coronavírus.

    O que é mpox

    A mpox é uma infecção viral zoonótica, o que significa que pode ser transmitida de animais para humanos, além de ocorrer transmissão entre pessoas. Seus sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, fadiga e inchaço dos gânglios linfáticos. Um dos sinais mais característicos da doença é a erupção cutânea, que geralmente aparece entre um e três dias após o início da febre. As lesões cutâneas podem ser planas ou elevadas, contendo líquido transparente ou amarelado, e, eventualmente, formam crostas antes de cair. Essas lesões aparecem frequentemente no rosto, palmas das mãos e solas dos pés, mas também podem afetar a boca, órgãos genitais e olhos. A duração dos sintomas varia de duas a quatro semanas, e a maioria dos casos se resolve sem a necessidade de tratamento específico.

    Apesar de ser uma doença autolimitada na maioria das vezes, a mpox pode levar a complicações graves, como infecções de pele, pneumonia, confusão mental e até infecções oculares que podem resultar em perda de visão. A taxa de mortalidade da doença varia entre 3% e 6% nos países onde a mpox é endêmica, com maior risco entre crianças e indivíduos com condições de saúde preexistentes.

    Como acontece a transmissão:
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    A transmissão da mpox ocorre principalmente através do contato físico direto com lesões de pele de pessoas infectadas ou por meio de fluidos corporais. A propagação também pode acontecer pelo contato com animais selvagens infectados. Para prevenir a infecção, são recomendadas medidas de precaução como evitar o contato desprotegido com animais, praticar rigorosa higiene ao lidar com pessoas infectadas, usar máscaras e luvas, além de lavar as mãos regularmente. Em situações de contato próximo com infectados, o isolamento e a proteção das lesões com curativos são fortemente recomendados.

    Kluge enfatizou a importância de uma resposta coordenada, especialmente na África, onde a nova variante 1 do vírus tem se mostrado uma emergência significativa. Ele também destacou a necessidade de vigilância contínua e vacinação para controlar a transmissão, particularmente na Europa, onde ainda são registrados cerca de 100 novos casos da variante 2 da mpox a cada mês.

    A OMS reforça que, embora a mpox não seja a nova COVID-19, a comunidade global não pode subestimar a necessidade de medidas robustas e coordenadas para combater a doença, evitando a disseminação e protegendo os mais vulneráveis.

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