O motorista do “Caso do Camaro” foi condenado pelo Tribunal do Júri da Comarca da Capital nesta quinta-feira (13/7) por dolo eventual no atropelamento que resultou em uma morte e deixou três pessoas feridas, além de omissão de socorro por ter fugido do local.
O acidente ocorreu no réveillon de 2017, no bairro Ingleses, quando o veículo do acusado colidiu com outro carro, causando uma série de colisões e atropelamentos em frente à loja de som automotivo RMS.
O Camaro, dirigido por Jeferson Bueno, provocou a morte de Cristiane Flores, que tinha 31 anos, o marido dela, Nilandres Lodi, então com 36 anos, que teve as duas pernas amputadas, e Gean Mattos, 22 anos, além de mais uma mulher ferida.
O réu recebeu uma pena de cinco anos e 10 meses de reclusão em regime semiaberto pelas tentativas de homicídio, e sete meses e 10 dias em regime aberto pelo homicídio e omissão de socorro.
O julgamento foi marcado por muita tensão e emoção com a presença de duas das vítimas, familiares e amigos.
A defesa do motorista argumentou que o acidente foi provocado pelo motorista do segundo veículo, um Audi, que teria batido no Camaro e supostamente feito Bueno perder o controle.
Já o Ministério Público defendeu a condenação por dolo eventual devido à alta velocidade do acusado na avenida central dos Ingleses (Rod. Armando Calil Bulos). Após a explanação das partes, o réu foi considerado culpado e terá direito a aguardar o recurso em liberdade.