Moradores do Monte Cristo recusam proposta da Casan

Moradores do Monte Cristo recusam proposta da Casan
Famílias que tiveram interrupção na renda, além dos prejuízos materiais, pedem auxílio financeiro maior - Foto: MAB/Divulgação/CSC

Após o rompimento do reservatório da Casan na comunidade do Sapé, cerca de 220 famílias enfrentaram perdas materiais e, parte delas, interrupção de renda. A Defensoria Pública de SC (DPSC) recomendou salários provisórios, alinhados com o caso semelhante na Lagoa da Conceição.

A Casan propôs na quinta-feira (21) pagamentos de um salário mínimo nacional (R$ 1.320) para famílias de até três integrantes e um salário mínimo regional na primeira faixa (R$ 1.521) para famílias maiores, ambos em parcela única. No entanto, em uma reunião na sexta-feira (22), os moradores do Monte Cristo recusaram a oferta e demandaram a faixa 4 do salário regional por adulto afetado (R$ 1.740), seguindo a recomendação da DPSC.

No sábado (23), um grupo de moradores voltou a protestar, em caminhada entre o Sapé e a Via Expressa, enfatizando a necessidade de parâmetros semelhantes aos da Lagoa da Conceição. Os pagamentos solicitados também são proporcionais a menores de idade conforme a faixa 4 do salário.

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A Casan destaca que o processo de indenização já liberou R$ 2,2 milhões antecipados por danos materiais, além de oferecer apoio alimentar e psicológico às famílias. No levantamento feito pela companhia, 95 veículos, entre carros e motos, foram danificados com a enxurrada provocada pelo reservatório mal construído. Desses, 40 já foram indenizados.

Mediação

O diálogo prossegue em busca de uma solução ainda na esfera administrativa (para evitar processos) que reflita adequadamente as dificuldades enfrentadas pelas famílias. Também na sexta (22) a diretoria da DPSC pediu ao Tribunal de Justiça estadual que faça a mediação das negociações, o que deve ser acatado pelo presidente, desembargador João Henrique Blasi.

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