Por Évelyn Cazão – redacao@correiosc.com.br
O Ministério da Educação voltou atrás na decisão da manhã desta quarta-feira, 2, onde iria anunciar no Diário Oficial da União uma portaria determinando que instituições federais de ensino superior voltassem às aulas presenciais a partir do dia 4 de janeiro de 2021.
O motivo de recuo e de revogar a portaria, foi as repercussões negativas das universidades federais. Milton Ribeiro, ministro da educação, afirmou que irá abrir uma consulta pública para ouvir o mundo acadêmico antes de tomar nova decisão.
De acordo com Milton Ribeiro, agora o ministério vai liberar o retorno às aulas somente quando as instituições também estiverem confiantes de que as aulas podem ocorrer em segurança.
Entre as instituições que recusaram a ideia de retorno presencial das aulas está a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), uma das principais do país. Em reunião na manhã desta quarta-feira, 2, a universidade tomou a decisão de que não acataria a ordem do MEC sobre o retorno das aulas presenciais em janeiro. Durante a tarde a UFSC iria comunicar oficialmente que a previsão da instituição é de aulas remotas até maio do ano que vem, quando terminará o segundo semestre de 2020.
Outra reunião que ocorreu, foi da Apufsc, associação que reúne os professores da UFSC, onde relatou em nota “revolta” e “preocupação” com a determinação do MEC. A entidade ressaltou que o país vive uma reaceleração de contaminações e mortes causadas por Covid-19 e que o retorno às aulas, como quer o MEC, significa “jogar a favor do vírus e de sua letalidade, e não propriamente a favor da educação das pessoas”.