Os servidores da Prefeitura de Florianópolis decidiram, em assembleia na tarde desta segunda-feira (14/2), manter a greve, deflagrada na quarta (9). De acordo com o sindicato da categoria, o Sintrasem, a prefeitura não quer negociar as reivindicações.
Entre os pontos levantando pela manifestação dos servidores estão a valorização do serviço municipal – como piso do magistério e mais contratações na saúde – e a contrariedade da terceirização da coleta de lixo.
De acordo com a prefeitura o piso salarial dos profissionais de educação começou a ser pago dias antes da greve e que avalia o chamamento de mais pessoas para trabalhar nos postos de saúde devido à alta demanda da Covid. Já a terceirização continua na coleta de lixo, uma vez que a prefeitura contratou mais empresas para coletar o lixo acumulado na cidade durante a greve dos funcionários da Comcap.
O sindicato decidiu por manter a mobilização de greve mesmo com uma multa de R$ 300 mil imposta pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, triplicada na sexta-feira pela desembargadora Sonia Maria Schmitz. Na avaliação dos representantes dos servidores a decisão é uma intimidação para acabar com o movimento e eles prometem mais atos de protesto, afirmando que estão no seu direito de fazer greve.
A gestão da prefeitura afirma que a greve tem adesão de aproximadamente 20% e que vai descontar os dias de quem se manifestar. Nesta segunda 15 postos de saúde e um Caps atendiam totalmente a população em Florianópolis, enquanto 37 unidades de saúde atendiam parcialmente. As UPAs mantêm o atendimento.
Às 7h30 desta terça-feira (15/2) está marcada nova assembleia dos garis da Comcap, na sede continental, para avaliação da continuidade da greve.