A estiagem desse primeiro semestre de 2020 faz com que a Casan coloque em prática medidas de mitigação, para não comprometer ainda mais o abastecimento de água. A região da Grande Florianópolis é considerada em nível de alerta com a falta de chuvas consistentes.
Na Lagoa do Peri, que abastece o Sul da ilha de Florianópolis, o nível tem se mantido meio metro abaixo do normal. Agora, cerca de 50% do abastecimento dos bairros da Sul e Leste da ilha é feito com auxílio de nove poços artesianos do Aquífero do Campeche, colocados em operação justamente para preservar o principal manancial de água doce da região.
Segundo a companhia, outras há mais ações para preservar a Lagoa do Peri e, ao mesmo tempo, manter o abastecimento aos moradores, como a avaliação diária da altura da água e de dados pluviométricos e mais análises da quantidade de cloreto dos poços piezométricos (pontos de observação) para monitorar a salinização. Há também reforço do abastecimento aos bairros Carianos e parte do Rio Tavares com água do Sistema Integrado da Grande Florianópolis (SIF), oriunda do Continente.
A Casan estima que deve entrar em operação a partir de junho o novo sistema de flotação na Estação de Tratamento para ampliar os controles de qualidade da água justamente para reduzir eventuais efeitos das frequentes estiagens. O investimento estatal nessa obra é de R$ 7,5 milhões.
Uso consciente da água
É sempre fundamental a colaboração dos moradores do Sul e Leste da Ilha para reduzir o uso de água tratada, fazendo-o de forma ambientalmente consciente.
As recomendações que a companhia faz são para que não se use mangueiras para lavar casas, pátios, calçadas e carros – o que representa boa contribuição caso cessado –, assim como reduzir o tempo sob o chuveiro ou somente acionar a máquina de lavar quando o equipamento estiver cheio de roupas.
Nesse momento de pandemia, a água tratada deve ser reservada para a higienização.