O professor Maurício Gariba Júnior, 60 anos, tomou posse na tarde desta quarta-feira (18 de agosto), em solenidade realizada no Ministério da Educação, em Brasília (DF).
Eleito em dezembro de 2019, Gariba deveria ter assumido a gestão do IFSC em abril de 2020, porém o processo de posse foi sobrestado no MEC em função do transcurso de um processo administrativo disciplinar (PAD), que investigava denúncias contra o próprio Gariba e outros dois servidores componentes da chapa. Em função do entrave, o MEC nomeou inicialmente para o cargo o professor Lucas Dominguini, que não aceitou assumir. Foi nomeado, então, como reitor pro tempore o professor André Dala Possa, segundo colocado nas eleições.
A situação gerou estranheza na instituição, já que nos Institutos Federais a escolha dos dirigentes máximos não envolve o envio de lista tríplice para o MEC, como ocorre nas universidades. Pela Lei 11.892/2008, o processo de consulta nos Institutos Federais deve envolver toda a comunidade de forma paritária (docentes, técnicos administrativos e estudantes) e o resultado enviado ao MEC para nomeação contém apenas um nome escolhido – e não três, como ocorre nas universidades.
Em junho de 2021, o PAD foi arquivado pela Corregedoria-Geral da União (CGU), por falta de provas, o que abriu caminho para que o processo de posse do reitor eleito fosse retomado. Em 10 de agosto a nomeação de Gariba como reitor do IFSC foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
“Quando saiu o arquivamento por falta de provas, foi o momento mais importante porque mostrou que aquele processo não tinha fundamento, era um processo vazio”, disse Gariba ao tomar posse.