O tribunal do júri da comarca da capital condenou nesta quinta-feira (18/5) um homem pelo assassinato de sua esposa, a técnica de enfermagem Yara Filomena Werner da Silva, que trabalhava no Hospital Universitário, em Florianópolis.
O marido foi sentenciado a 15 anos de prisão, em regime fechado, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A pena foi majorada por feminicídio. O acusado teve negado o direito de recorrer em liberdade.
Yara havia desaparecido no fim de março de 2022, quando diversas pessoas passaram a alertar nas redes sociais sobre o caso. O próprio agressor foi quem fez o boletim de ocorrência do desaparecimento da companheira, em 29 de março.
O corpo da técnica de enfermagem foi encontrado em 5 de abril, carbonizado, em uma área ao lado de condomínio na subida do Morro da Lagoa. A vítima só pôde ser identificada pela análise da arcada dentária.
Segundo foi apurado pelo Ministério Público com a Polícia Civil, o crime foi cometido por ciúme do marido, porque a vítima teria dito que se encontraria com o ex-namorado. Com a prisão do marido, levado à delegacia, o homem confessou o crime e admitiu que estrangulou a mulher.
O agressor e a vítima viveram juntos por 10 anos e tiveram uma filha. A técnica de enfermagem também tinha outros dois filhos, de outro relacionamento. Yara chegou a registrar cerca de 30 boletins de ocorrência contra o marido, apontando um ambiente hostil à ela e seus filhos, mas não deu continuidade às queixas, segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
O nome do assassino não foi revelado. O caso está em segredo de justiça.