A Polícia Civil levou um dia para divulgar a quantidade de dinheiro apreendido na Operação Lado A, deflagrada na Grande Florianópolis nessa quinta (10/9). Somente nesta sexta saiu o resultado: R$ 3.136.031 “em cash”, resultado do comércio de cocaína na região. O que nem de longe representa o que se movimenta nesse mercado ilegal.
A grana foi pega em grande parte em um apartamento em Palhoça e outra parte em uma caminhonete interceptada no posto da PRF na BR 101 em Biguaçu, onde também havia US$ 150 mil dólares embalados – o que supõe clientes que pagam em dólar ou pode também indicar comércio internacional dos entorpecentes.
De acordo com o delegado Cláudio Monteiro, que conduziu a operação “artesanal”, como ele mesmo declarou a respeito da dedicação in loco dos agentes para vigiar os envolvidos e depósitos, o grupo criminoso que movimentava esse comércio não se trata nem de PGC, nem de PCC, que tendem a dominar o comércio de drogas ilegais na região, brigando entre si.
É muita grana ilícita, mas não é novidade. Em junho a Polícia Civil também havia apreendido mais de R$ 1,1 milhão em um apartamento de depósito de dinheiro do PGC em São José na Operação Network, essa mais fruto da venda de maconha do que de cocaína.
Na Lado A, nessa quinta, também foram apreendidos nada menos que 71 quilos de cocaína, com valor de mercado de pelo menos R$ 3,5 milhões. Se fosse para uma remessa internacional, como tem sido apreendido nesse ano no porto de Itajaí, vale ainda mais. Esse dinheiro apreendido do tráfico fica à disposição da justiça catarinense.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br