A quantidade de óbitos por Covid em Santa Catarina tem passado por uma escalada. A partir de fevereiro, com explosão dos casos por todo o estado, aumentou também as mortes associadas ao coronavírus. Somente nas duas primeiras semanas de março morreram 1.107 pessoas por conta das complicações da doença respiratória, cerca de 13% de todas as mortes registradas em um ano.
Dessas 1.107 pessoas que perderam a vida nos últimos 14 dias, duas eram bebês de 0 e 1 ano de vida, residentes de Criciúma e Chapecó. Até agora o estado já confirmou 17 mortes de crianças de zero a 9 anos associadas ao vírus. A faixa etária mais atingida é a de 70 a 79 anos, com 2.381 óbitos.
As cidades com mais fatalidades acompanham a quantidade maior de casos: Joinville perdeu 798 pessoas, Florianópolis 578, Chapecó 402, Itajaí 384, Blumenau 357 e São José 310, com dados de sábado (13/3).
Em duas semanas também foram confirmados mais de 33,1 mil novos casos de coronavírus no estado, que passa de 730 mil pessoas que já foram infectadas, com 93,5% de recuperados. A onda de novos casos mantém o estado com altos índices de casos ativos, em 38.891 no momento, recorde que foi quebrado em diversos dias e que resulta em hospitais lotados e pessoas sem possibilidade de atendimento em uma UTI (356 pacientes na fila de espera).
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82% dos casos podem ser de variantes
Uma pesquisa da Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV) confirmou a identificação de mais 72 amostras compatíveis com a variante P.1 do Sars-Cov-2, conhecida como a variante brasileira, identificada em Manaus.
A pesquisa coletou aleatoriamente 87 amostras no laboratório Santa Luzia/Dasa em Santa Catarina entre 26 e 27 de fevereiro de 2021. Destas, 72 amostras testadas (82.8%) correspondem à variante P1, considerada uma variante de preocupação, porque está associada à maior transmissibilidade e possivelmente maior letalidade da Covid. A maior mortalidade no estado ainda não está confirmada com relação às variantes.
Até esse sábado, Santa Catarina tinha confirmados por sequenciamento de genoma 22 casos da variante P.1, sendo 12 autóctones (com transmissão dentro do estado) e 10 importados.