Na noite desta terça-feira (1º/3), uma mulher ligou para o serviço de emergência do Samu em Palhoça afirmando que tinha acabado de deixar a filha recém-nascida, de apenas um dia de vida, em uma caixa em um terreno baldio no bairro Nova Palhoça.
Com isso os socorristas iniciaram a busca pela bebê. Encontraram a menina em uma caixa de papelão por volta de 22h, enrolada em cobertores e com uma carta, na qual a mãe relata que abandonou a menina porque não tem condições de criá-la e que estava indo para o Rio Grande do Sul em sua cidade natal.
Os profissionais do Samu, após os intensos momentos de busca, levaram a bebê recém-nascida para a base de operação de forma a fazer um acolhimento emergencial. As equipes de socorristas relataram que a menina passa bem, sem risco de morte, após o acolhimento.
Na carta em que deixou com a filha abandonada, a mãe diz: “Por favor, cuidem dela, não sou daqui de Palhoça, mas minha patroa me mandou embora depois eu que eu ganhei ela. Estou indo embora e não tenho condições de cuidar dela sozinha. Dê para alguém que vá cuidar bem dela e tem condições de criar. Ela nasceu ontem às 6h. Não venham atrás de mim porque não estou mais aqui. Já me arrumei e estou indo para a minha cidade no RS“, diz a carta, revelada em gravação na base do Samu feita pelo repórter Sérgio Guimarães.
A Polícia Civil, através da Dpcami de Palhoça, abriu inquérito para apurar o caso. A bebê foi encaminhada para o Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, para avaliação de saúde.
TJ tem grupo de adoção
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que gerencia o programa de adoções de crianças no estado, disponibiliza na Grande Florianópolis o Grupo de Estudos e Apoio à Adoção – Família do Amor (Geaafa), que serve para orientar as gestantes e outras mães que queiram dar seus filhos para adoção. Entre diversas funções, o grupo procura também evitar que casos de abandono como esse ocorram.
