Lobos-marinhos chegam nas praias de Florianópolis e especialistas fazem alerta

    Lobo-marinho descansa na Praia dos Açores, em Florianópolis
    Lobo-marinho descansava na Praia dos Açores - Foto: Fernanda Soares/R3 Animal

    Dois lobos-marinhos foram avistados em praias de Florianópolis em uma semana, gerando alerta entre especialistas que fazem o monitoramento da costa catarinense.

    Um dos animais, inicialmente localizado no dia 11 na Praia dos Açores, sul da ilha, foi resgatado na segunda-feira (15/7) após relatos de interações próximas com humanos e cachorros, sendo encaminhado para um centro de reabilitação.

    Segundo a avaliação dos especialistas da ONG Associação R3 Animal, o anima estava magro – o que é comum durante a época de migração, por gastarem muita energia – mas estava bem e responsivo; foi a perturbação de seu descanso que pesou para que os biólogos o resgatassem e o levassem ao centro de reabilitação, no norte da ilha. O animal está passando por exames veterinários

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    Especialistas em fauna marinha ressaltam a importância de evitar aproximações excessivas desses animais durante seu descanso, especialmente por humanos e animais domésticos, que podem causar estresse e prejudicar sua capacidade de se recuperar adequadamente. Nos Açores havia sido estabelecido um perímetro para o animal descansar, mas aparentemente não foi respeitado.

    Ao menos dois animais foram avistados em uma semana na ilha – Foto: Fernanda Soares, Divulgação/R3 Animal

    O segundo avistamento ocorreu nessa quinta-feira (18/7) na Praia do Moçambique. Esse segundo lobo-marinho foi avaliado como saudável. Em vídeo, o animal aparece caminhando na areia e foi observado descansando normalmente na praia, sem demonstrar sinais de ferimentos ou problemas de saúde.

    Os lobos-marinhos-subantárticos não têm colônias reprodutivas no Brasil, sendo comum avistá-los em praias brasileiras durante seus deslocamentos sazonais em busca de alimento e descanso. Durante o inverno, esses animais viajam longas distâncias desde ilhas oceânicas do hemisfério Sul até as costas do sul do Brasil, onde encontram águas mais quentes para recuperar energias. No percurso, fazem paradas, como tem ocorrido em Florianópolis nesse inverno.

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