A situação do SUS em Santa Catarina é de saturação, com a lotação máxima dos hospitais e a escassez de leitos de UTI infantil em todo o estado. Famílias têm enfrentado longas horas de espera por atendimento, enquanto a Secretaria de Estado de Saúde busca soluções para garantir assistência às crianças.
De acordo com dados divulgados no sistema de monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde nesta sexta-feira (26), a taxa de ocupação dos leitos de UTI infantil em todas as regiões atingiu 100% e havia um paciente na fila de espera.
Segundo o governo estadual a sobrecarga ocorre por sazonalidade, com aumento de casos de doenças respiratórias. Há um ano, pelo menos, ocorre essa alta demanda. A SES reitera que muitos casos, de menor gravidade, podem ser tratados nos postos de saúde ou UPAs.
Por conta da alta demanda e poucos leitos disponíveis, famílias têm enfrentado espera prolongada por atendimento, principalmente na região da Grande Florianópolis, onde há duas portas estaduais aos pacientes infantis: o Hospital Joana de Gusmão e o Regional de São José; em Palhoça não há hospital.
Já no HU houve o fechamento do atendimento externo em abril para receber pacientes transferidos do Infantil, situação que se mantém.
Para contornar a crise, o governo do estado anunciou nesta quinta-feira (25/5) que passou a buscar internações na rede particular. Essa medida visa garantir que todas as crianças que necessitem de atendimento intensivo sejam assistidas. Segundo a SES ainda não houve transferências para a rede privada. As tratativas para aquisição de leitos privados estão acontecendo.
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Além disso, a Secretaria de Estado de Saúde anunciou a abertura de dois editais para a contratação de médicos para dar conta do atendimento infantil. No hospital da UFSC há também 19 vagas para profissionais de medicina.
O governo do estado planeja a ampliação em 32 leitos de UTI infantis e neonatais, a fim de atender a demanda crescente. Na Grande Florianópolis serão 12 leitos de UTI neonatal.