Justiça eleitoral cassa mandatos de dois vereadores de Joinville 

Em menos de dois meses da nova legislatura, os mandatos dos vereadores Sidney Sabel (DEM) e Osmar Vicente (PSC), de Joinville, foram cassados pela Justiça Eleitoral. O motivo seria o uso de candidaturas laranjas na coligação dos partidos para cumprir a cota de gênero. As decisões são de primeira instância, cabendo recurso dos partidos em outras duas instâncias.

No caso do Democratas, a justiça julgou procedente as ações do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), além dos vereadores suplentes de Joinville, Ednaldo José Marcos (Pros) e Mauricinho Soares (MDB), que alegavam o uso de campanhas fictícias e que assumirão os cargos dos vereadores cassados. Uma das supostas “laranjas” é Wilmara Pereira (DEM), que recebeu 14 votos e não registrou arrecadação e nem gastos de campanha. O juiz eleitoral Roberto Lepper diz que ela aceitou se inscrever no pleito por dinheiro em troca do uso de seu nome. Wilmara afirma ter recebido R$ 10 mil “apenas para fazer cota de gênero”. Sabel e o DEM garantem que ela foi candidata e que está agindo de má fé agora.

No caso do PSC, a ação é também do Pros e do suplente Ednaldo José Marcos com a alegação de candidatura laranja na eleição de vereadores de Joinville. A suspeita é contra a candidata Jadna Rodrigues (PSC), que recebeu três votos e ganhou R$ 250 para a campanha, sem registro dos gastos. Ela nega que tenha sido candidata fictícia. A participação dela contaminou Osmar Vicente, que foi eleito com 2.744 votos. Em seu lugar, entraria Ednaldo José Marcos (Pros), que teve 2.287 votos e ficou como suplente.

Publicidade

+ MP pede cassação de Morastoni, em Itajaí

O uso de candidaturas laranja para cumprir a cota de gênero – em que 30% das candidaturas do partido devem ser de mulheres – pode levar a cassação de toda a chapa. Caso a decisão em primeira instância da justiça eleitoral seja confirmada, os vereadores suplentes de Joinville, Mauricinho Soares (MDB) e Ednaldo José Marcos (Pros), devem assumir os cargos, entretanto, cabe ao cartório eleitoral definir os nomes.

Por Évelyn Cazão e Ana Ritti – redacao@correiosc.com.br

Publicidade