Juiz determina recondução de vereadora de Biguaçu ao cargo

Decisão anulou cassação de Salete Cardoso

Salete Cardoso tem mandato cassado pela Câmara Municipal de Biguaçu
Salete Cardoso (PL) foi cassada sob acusação de exercer simultaneamente cargo de vereadora e secretária municipal “na prática” – Foto: CMB/Divulgação/CSC

O juiz Cesar Augusto Vivian, da 2ª Vara Cível da Comarca de Biguaçu, anulou o processo de cassação de Salete Cardoso e determinou a recondução ao cargo em até 10 dias na câmara. A decisão, proferida em 12 de agosto, foi publicada na sexta-feira (14/10) após tramitação de recurso por parte do legislativo municipal para tentar impedir a recondução.

A vereadora Salete Orlandina Cardoso, do PL, teve o mandato cassado em abril desse ano sob a alegação de ingerência na Secretaria Municipal de Esporte, Cultura, Turismo e Lazer (Secetul) por supostamente chefiar a pasta, na gestão do prefeito José Castelo Deschamps, concomitantemente ao cargo de vereadora. O então secretário da Secetul era indicado político dela e a denúncia avaliada pela câmara foi de que Salete era quem de fato mandava na secretaria. Foram 11 votos favoráveis e 4 contrários à perda de mandato.

O processo de cassação foi um desdobramento de uma CPI com base em uma operação policial em dezembro de 2020 – a Operação Co-Incidência, da Polícia Civil – que investigou crimes contra a administração pública no âmbito do executivo municipal. A CPI apurou uma possível inassiduidade da investigada enquanto servidora nas secretarias municipais de Turismo e Cultura e Assistência Social entre 2019 e 2021, chegando a faltar mais de 200 vezes ao serviço.

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Agora, o juiz determinou sua recondução ao cargo por considerar que o processo de cassação foi ilegal, sem o cumprimento dos prazos regimentais. Ele determinou multa de R$ 500 por dia caso a Câmara de Biguaçu não cumpra a decisão, até o limite de R$ 10 mil. Em sua decisão, Vivian também afirmou que a recondução da vereadora ao cargo não significa que não possam ser abertos novos processos contra ela pelos mesmos motivos alegados na CPI e na cassação.

Nas eleições de 2022, Salete concorreu ao cargo de deputada estadual, com 4.829 votos, não conseguindo se eleger.

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