Em junho durante a pausa para a Copa América, aportava na cidade maravilhosa o técnico português Jorge Jesus. Naquele momento o clube da Gávea estava em terceiro lugar, com oito pontos atrás do então líder Palmeiras. Vinte rodadas depois da chegada do técnico, o Mengão lidera o Brasileirão com oito pontos à frente do vice-líder. Jorge Jesus está sendo um progressista, fazendo valer ao extremo o talento individual dos seus jogadores, com um traçado de jogo coletivo bem planejado e competitivo. Ele está calando a boca de muitos torcedores, jornalistas e alguns profissionais do futebol.
Demissões de treinadores
Fábio Carille não é mais técnico do Corinthians. O bom treinador, que já oscilava no cargo, não aguentou o fiasco diante do Flamengo, e foi exonerado. Com ele, até aqui, lá se vão dezenas de demissões de treinadores neste Brasileirão. Mais que a quantidade de clubes que disputam a série A de 2019. Conversei com Carille uma vez num evento de inauguração de um complexo esportivo na cidade de Guarulhos (SP), e que leva o seu nome. Uma pessoa estimada, inteligente e de fácil contato. Um principiante nesta função no nosso futebol, mas com grandes conquistas quando comandou o Timão. Ele não merecia esse desemprego.
Banalizando o VAR
É impressionante como alguns homens do apito, mesmo com o reforço do VAR, não são capazes de desempenhar arbitragens agradáveis. Assim como o spray, o rádio comunicador, a bandeirinha eletrônica e outras parafernálias, o árbitro de vídeo é outra ferramenta que veio para ajudar os nossos “juízes” a realizarem boas arbitragens. Dá pena de ver a má utilização desse equipamento tão bom como esse a favor da arbitragem no Brasil. Infelizmente estão banalizando o VAR. Em vez de ajudar, estão conseguindo trazer ainda mais problemas. Quem está no comando desses jogos precisa entender que quem apita e decide é o árbitro. Tem muita gente se escondendo por trás do VAR.
Há esperança I
O Figueirense é o clube mais vezes campeão do estado, teve participações relevantes na Copa do Brasil e com boas participações na elite do futebol brasileiro .Isso são lembranças intocáveis e perpétuas. Só que o prestigio do clube no cenário brasileiro não é mais o mesmo e isso tem nome e sobrenome: Claudio Honigman, o homem que comandava a Elephant S/A e que por pouco não leva o clube à bancarrota. De lá pra cá o time vivenciou momentos de humilhação, quedas de treinadores, contratações de jogadores improdutivos até chegar na vergonhosa posição no Z-4. Chiquinho de Assis, que já foi um bom prefeito da capital, está tocando o barco. O time ainda está enfermo, mas nada que não possa ser restaurado.
Há esperança II
Se fizermos uma pesquisa com os torcedores da grande Florianópolis, Chapecó e Criciúma sobre as chances de Avaí e Chapecoense sobreviverem na série A e de Figueirense e Criciúma manter-se na B, as respostas não serão nada otimistas. O desanimo parece ter tomado conta da rapaziada diante dos números nada promissores que alguns matemáticos andam anunciando por aí. A turma parece estar desistindo do jogo. Se na segundona brasileira é dura a realidade, a nossa participação na elite é pior ainda. Mas, enquanto há vida, há esperança.
Duro de assistir
Como se não bastasse a triste fase do time na segundona brasileira, o torcedor alvinegro teve que assistir uma peleja sofrível na noite da terça-feira (5/11) no Orlando Scarpelli. Em um jogo de fraco nível técnico, Figueirense e Vila Nova foram o espelho do que esses dois times vêm mostrando nesta competição. Mais pareciam dois times de peladeiros (com todo o respeito aqueles que gostam de uma boa pelada no fim de semana) e não dois times profissionais. Com os dois clubes pressionados para fugir da maldita zona, o que não faltou foram muitos erros de passes, um exagerado números de faltas e a ausência de emoção no jogo. O empate em 0 a 0 foi um resultado digno de suas posições na tabela de classificação. Um jogo duro de assistir. Até a fraca arbitragem foi a cara do jogo.
Drops da arquibancada
- O saudoso presidente Delfim Peixoto já dizia: “deixamos de ser o 0 da 101 no futebol brasileiro”. Porém, depois de sua triste partida e com as quedas iminentes dos nossos clubes, estamos voltando àquela realidade.
- Gente malvada tem em tudo o que é lugar. Aqueles elementos nocivos da sociedade que adoram ver o circo pegar fogo. Principalmente os que adoram propagar uma fake news causando danos morais ao próximo. Quem divulga notícias falsas não deixa de ser um criminoso.
- Alguns clubes de Santa Catarina já começam a se movimentar para o Catarinão 2020. O Joinville repatriou o treinador Fabinho Santos e chamou de volta o veterano atacante Lima para vestir a camisa 9. Aos 37 anos Lima estava disputando jogos amadores na Liga Joinvilense de Futebol.
- Tem um ditado que diz que: no futebol tudo pode acontecer. Diante dos fatos, porém, fica muito difícil acreditar que um milagre possa acontecer para salvar os nossos clubes. Virtualmente todos já decretaram os seus rebaixamentos.
- O atacante Rafael Marques fez muita falta no jogo diante do Vila Nova. O jogador foi liberado pela diretoria alvinegra para que ele pudesse acompanhar o velório de sua sogra em São Paulo.
Cartão rosa/vermelho
Cartão rosa para o Marista Escola Social São José, que beneficia milhares de crianças adolescentes. O grupo Marista atende gratuitamente jovens e crianças por meio de escolas sociais em algumas cidades brasileira. Eu estive na quarta-feira (6/11) neste nobre estabelecimento de ensino para dar uma palestra motivacional aos seus alunos e fiquei encantado com o que vi. São bons projetos educacionais e pedagógicos.
Cartão vermelho para a torcedora gremista, que tirou a camisa numa arquibancada repleta de torcedores e famílias, deixando os seios à mostra durante o último Grenal em Porto Alegre. Um vídeo viralizou nas redes sociais. Em um programa numa rádio em Porto Alegre, Maikelly admitiu que tomou aquela atitude com o intuito de ganhar fama, e conseguiu de uma forma vulgar. É inadmissível num país aonde a mulher luta por seus direitos, respeito e seu lugar no futebol uma mulher tomar essa atitude desfavorável. Isso é um fato lastimável.
Pensamento do Bambi
Agora eu sei por que tem um peixe na nota de cem reais. É porque dinheiro que é bom, nada.