O influenciador e humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, foi detido pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul na noite neste domingo (14/7) em Jurerê Internacional, Florianópolis. A prisão preventiva foi decretada em decorrência de investigações relacionadas a estelionato, onde Nego Di é acusado de lesar pelo menos 370 pessoas através da venda de produtos em sua loja virtual, os quais nunca foram entregues.
A detenção ocorre após uma operação do Ministério Público do RS, realizada na última sexta-feira (12), que investiga suspeitas de lavagem de dinheiro, possivelmente obtidos de maneira ilegal através da promoção de rifas virtuais com a grande quantidade de seguidores que ele conseguiu após participar do BBB. A esposa de Nego Di, Gabriela Souza, também está envolvida na operação e foi presa em flagrante, mas liberada após pagamento de fiança de R$ 14 mil.
Os investigados, ao articular negócios juntos, criaram inicialmente uma página de vendas de produtos com descontos para associados, mas o projeto não prosperou. Em seguida, um deles lançou uma loja virtual associada à imagem do influenciador, oferecendo condicionadores de ar, celulares e TVs a preços muito baixos. A loja, que começou a operar em março de 2022, atraiu milhões de pessoas, mas resultou em prejuízos para 370 vítimas, que confiavam na reputação do influenciador e não receberam os produtos comprados. Apenas algumas foram reembolsadas, enquanto outras não registraram queixa.
Segundo a PCRS, as investigações revelaram que as movimentações financeiras em contas ligadas ao humorista em 2022 superam R$ 5 milhões. O objetivo das buscas é reunir provas, incluindo documentos, mídias sociais e celulares, para esclarecer a extensão dos crimes atribuídos ao casal. O promotor Flávio Duarte informou que, além da prisão, dois veículos de luxo foram sequestrados e uma arma de uso restrito das forças armadas, sem registro, foi apreendida.
A defesa de Nego Di e Gabriela afirmou que “a inocência dos investigados será provada em momento oportuno.” Os advogados destacaram que estão tomando todas as medidas legais cabíveis e ressaltaram que o processo legal deve ser rigorosamente observado, com a presunção da inocência, “garantindo que o acusado tenha uma defesa plena e justa, sem qualquer tipo de pré-julgamento”.
