A inflação voltou a ter variação positiva em outubro (0,10%), depois de três meses de resultados negativos (deflação): -0,22% em julho, -0,6% em agosto e 0,19% em setembro. A inflação em 2022 está em 3,5%, enquanto o acumulado em 12 meses caiu para 5,06%.
O cálculo é feito pela Udesc através do Índice de Custo de Vida (ICV), que mede a inflação de produtos e serviços consumidos pelas famílias de Florianópolis. O resultado de outubro é anterior aos bloqueios de estradas, que devem encarecer fretes e, assim, os produtos em geral.
Os preços que mais puxaram o índice de outubro para cima foram os ligados aos transportes (alta de 0,61%) que correspondem a mais de um quinto do orçamento das famílias. O grupo de alimentação e bebidas, que consome pouco mais de um quinto do que as famílias gastam mensalmente, em média, ficou praticamente estável (0,04%).
A alta no grupo transportes foi puxada principalmente pelos aumentos das passagens aéreas (9,52%) e da gasolina (0,88%). Na média, no entanto, os combustíveis acabaram ficando mais baratos (-0,92%), por causa das reduções nos preços do etanol (-6,26%) e do diesel (-1,38%).
Os três meses de deflação em Florianópolis, e em todo o Brasil, ocorreram por retirada de impostos federais e estaduais de combustíveis, energia e telecomunicações, provocando uma reação em cadeia na economia e puxando praticamente todos os preços para baixo no trimestre. A medida foi tomada diante de uma inflação que estava descontrolada e visando o período eleitoral e segue em vigência até o final do ano.
Outros preços
Conforme o cálculo da Udesc/Esag, entre os grupos de preços pesquisados, além dos transportes, houve alta nas despesas pessoais (0,41%), educação (0,22%) e nos serviços de comunicação (0,57%). Tiveram queda em outubro os artigos de residência (-1,27%) e o vestuário (-0,27%). Ficaram praticamente estáveis, além da alimentação, habitação (0,01%) e saúde e cuidados pessoais (-0,04%).