Incêndios afetam Parque Nacional de São Joaquim e aumentam fumaça no céu de SC

    Incêndios no Parque Nacional de São Joaquim, na serra catarinense
    Incêndios afetam grandes áreas do Parque Nacional de São Joaquim, na serra catarinense - Fotos: Divulgação/CSC

    A fumaça visível no céu de Santa Catarina não é resultado apenas dos incêndios no norte e no centro-oeste do país. O estado tem enviado equipes para combater grandes focos nessas regiões. No entanto, incêndios também têm afetado os campos de altitude e outras vegetações no Parque Nacional de São Joaquim nas últimas três semanas.

    Na área de Santa Bárbara, em Urubici, os focos atingiram recentemente o Morro do Baú e o cemitério próximo à estrada. O local é alvo de caçadores ilegais, que muitas vezes provocam incêndios contra a fiscalização ambiental. É possível que a grande quantidade de focos recorrentes na serra catarinense tenha alguma ligação com a atividade criminosa.

    A secura e os ventos têm facilitado a propagação dos incêndios, que se alastram rapidamente devido à localização em áreas de difícil acesso para as equipes de combate. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, até esta quinta-feira (29/8), os focos de incêndio na região representam 68% do total registrado no ano passado. Em 2024, já foram contabilizados 1.699 incêndios florestais em SC, em comparação com 2.508 ocorrências em todo o ano de 2023.

    Publicidade

    A corporação não confirma que esses casos incêndios têm origem criminosa, mas indica que em geral a maioria é por ações humanas, como queima de lixo, descuido com fogueiras, bitucas de cigarro. Há ainda a prática rural de se queimar uma área para “limpar” o terreno, o que acaba saindo de controle e afetando vegetações maiores.

    As equipes de combate têm atuado em todos os casos que envolvem riscos para a comunidade e propriedades na região do Parna São Joaquim, segundo o CBM, que pede para que a população tenha cuidado em não provocar novos incêndios.

    Ambiente prejudicado como um todo

    “Seja diretamente ou indiretamente, o ser humano é negativamente afetado pelos incêndios em vegetação”, diz o CBM. O solo é degradado, acelera assoreamentos dos rios, além de matar centenas de seres vivos, provocando desquilíbrios ambientais.

    “A qualidade do ar também é afetada por estas intervenções, acentuadas pela diminuição das áreas verdes que contribuem para o aquecimento das cidades. A desregularização das chuvas e a fumaça também influenciam diretamente o efeito estufa, aumentando os riscos de doenças respiratórias”, divulgou a corporação.

    Publicidade